Crítica - Godzilla vs Kong - Engenharia do Cinema
Confesso que não estava botando muita fé nesse filme por conta do enorme vácuo que a Warner Bros tinha deixado no último ano, em questão de divulgações (que teve quase nada). Porém tudo mudou no início deste ano, com a divulgação do trailer oficial e que se tornou um dos mais vistos da história do cinema, na internet. Apesar de o personagem Godzilla ter estrelado dois longas medianos e “Kong A Ilha da Caveira” ter sido um divertido filme, “Godzilla vs Kong” felizmente capta os erros de ambos e consegue nos entregar um exemplar muito divertido e eletrizante.
Imagem: Warner Bros Pictures (Divulgação)
A história tem início quando o excêntrico bilionário Walter Simmons (Demián Bichir), decide explorar o material que há no núcleo da terra. Para isso ele necessita da ajuda do próprio Kong, que acaba sendo guiado pela Dra. Ilene Andrews (Rebecca Hall), a jovem Jia (Kaylee Hottle) e Nathan Lind (Alexander Skarsgård). Só que no caminho todos eles acabam se esbarrando com o monstro Godzilla, e causará um enorme embate dentre ambos.
Imagem: Warner Bros Pictures (Divulgação)
Começo destacando que o diretor Adam Wingard é notoriamente fã dos dois personagens, pois sua direção realmente tem como foco totalmente em Godzilla e Kong. Diferente dos outros filmes, aqui ele foca a ação centrada na dupla, e intercala para os humanos apenas quando eles interferem no cenário da confusão (o que acaba sendo plausível). Não há mais tomadas e alívios cômicos aleatórios como antes (vide a cena do cachorro no primeiro “Godzilla”). Apesar de ambos terem um CGI de primeira em sua concepção, em algumas tomadas os efeitos visuais englobando os humanos, são horríveis demais (resultado que provavelmente deve ter sido por causa da pós-produção durante a pandemia).
Só que o roteiro da dupla Eric Pearson e Max Borenstein erra ao apresentar os vilões da trama, pelos quais em momento algum consegue ser malvados, mas sim, clichês e desinteressantes. A mesma coisa se diz sobre o arco envolvendo Millie Bobby Brown, Julian Dennison e Brian Tyree Henry, que não possuem muito peso ou até mesmo importância para a narrativa central (parece que estamos vendo um episódio de “Stranger Things”, e não “Godzilla vs Kong”). Mas em um contexto geral, a trama em si não faz tanto sentido e acaba prendendo demais a atenção do espectador.
“Godzilla vs Kong” é o melhor filme do universo de monstros da Warner Bros, e abre um leque para vindouros ótimos filmes dessa safra.
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Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta e Crítico de Cinema, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.