Crítica - Amor e Monstros - Engenharia do Cinema
Este é mais um dos títulos da Paramount Pictures que estavam com lançamento previsto para 2020, mas acabou sendo vendido para plataformas de streaming (no caso aqui, na Netflix). “Amor e Monstros” é uma daquelas produções que apesar de utilizar o famoso escopo da “jornada do herói”, realmente possui uma qualidade bastante surpreendente (não é atoa que faturou uma indicação ao Oscar, na categoria de efeitos visuais).
Imagem: Netflix (Divulgação)
A história mostra uma humanidade em um cenário pós-apocalíptico, onde os insetos e outros seres pequenos viraram gigantes por causa de resíduos químicos de um foguete que parou um meteoro. Os poucos sobreviventes vivem em vários bunkers espalhados pelo mundo, e em um deles vive Joel (Dylan O’Brien) que após sete anos preso resolve ir atrás de sua namorada Aimee (Jessica Henwick).
Imagem: Netflix (Divulgação)
Começo destacando que nessa produção o roteiro de Brian Duffield e Matthew Robinson soube dosar a personalidade de Joel, a ponto de conseguirmos gostar dele em menos de cinco minutos (fato crucial para embarcar neste tipo de filme). Quando ele começa a desafiar os monstros (pelos quais grande parte deles realmente estão muito bem feitos), apesar das situações serem previsíveis, nós compramos por conta deste desdobramento no roteiro (sem contar na atuação de O’Brien, que é convincente demais) e o diretor Michael Matthews não desviar o foco da ação para outras cenas aleatórias “achando” que está criando uma atmosfera de suspense.
Porém estamos falando de uma produção que certamente a Paramount estava mirando em transformar em uma franquia, pois é notório isso na abordagem de personagens como Clyde (Michael Rooker) e Minnow (Ariana Greenblatt), devido ao fato de seus arcos terem muitas pontas soltas à serem respondidas ainda. Além é claro de muitas situações serem apresentadas e com potenciais chances de serem exploradas em outros filmes.
“Amor e Monstros” é uma divertida produção que recapitula a nostalgia de filmes de monstros dos anos 80 e 90, pelos quais haviam muitos toques familiares.
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Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta e Crítico de Cinema, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.