Crítica - Cruella - Engenharia do Cinema

publicado em:30/05/21 4:25 PM por: Gabriel Fernandes CríticasDisney+StreamingTexto

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Anunciado há alguns anos, “Cruella” faz parte das diversas produções da Disney que contam a origem de suas icônicas vilãs. Após o sucesso de “Malévola” com Angelina JolieEmma Stone tem a difícil missão de conseguir criar a sua imagem no mesmo estilo daquela e ser tão boa quanto Glenn Close (que além de ser produtora executiva aqui, entrou para a história da Disney com sua interpretação de Cruella De Vil, no longa “101 Dálmatas” de 1996 e sua continuação “102 Dálmatas” em 2000). Mas como estamos falando de três atrizes em graus diferentes, confesso que Stone não conseguiu fazer um papel tão marcante, mas não deixou de ser boa nesta história de origem.

Imagem: Walt Disney Pictures (Divulgação)

Se passando em meados dos anos 70, conhecemos a jovem Estella (Stone) que após perder sua mãe em um trágico acidente, passa a viver como órfã na companhia de Jasper (Joel Fry) e Horace (Paul Walter Hauser). As coisas começam a melhorar quando ela é escalada para trabalhar em uma famosa agência de moda, comandada pela famosa Baronesa (Emma Thompson). Mas à medida que a situação vai avançando, Estela aos poucos começa a se transformar na icônica Cruella.

Imagem: Walt Disney Pictures (Divulgação)

A narrativa estabelecida por Craig Gillespie não consegue estabelecer uma imagem própria, pois ele literalmente faz uma fusão dos famosos longas “O Diabo Veste Prada” e “Coringa”. A relação entre Baronesa e Estella pode a todo momento soar como as personagens de Anne Hathaway e Meryl Strepp, no clássico longa do universo da moda. Mas como estamos falando de uma retratação feita por Stone e Thopsom, a dupla consegue se sair bem na retratação e conseguem nos convencer de suas motivações facilmente. Claro temos alguns coadjuvantes muito bons como Fry, Hauser (que rouba a cena como alívio cômico, apesar de sempre viver o personagem bobão nos filmes), Mark Strong (cujo papel poderia ter sido mais explorado) e Kirby Howell-Baptiste.

Como estamos falando de universo da moda, este é o maior destaque do filme e o trabalho de Jenny Beavan e Tom Davies certamente será reconhecido no Oscar e em outras premiações da categoria (mais por sua originalidade na concepção). O mesmo pode-se dizer da trilha sonora de Nicholas Britell, onde apesar da melodia original ter sido muito boa, a seleção de músicas clássicas dos anos 60/70 como The Doors, The Queen, Nina Simone e Blondie. Mas este recurso pode atrapalhar os mais desatentos, pois descuidos no roteiro e na confecção das atuações acabam passando despercebidos.

“Cruella” não consegue ser a melhor história de origem da Disney. mas diverte aqueles que gostam do universo da moda e da personagem Cruella De Vil.

Obs: há uma cena pós-créditos, mas não irei citar sobre o que se trata para evitar spoilers.

Gabriel_Fernandes

Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta e Critico de Cinema, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.



A última modificação foi feita em:dezembro 19th, 2021 as 10:25


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