Crítica - Corgi: Top Dog - Engenharia do Cinema
Essa animação belga vem chamando atenção nas redes sociais pelo fato de ter uma sátira ao Presidente dos Eua, Donald Trump. De fato é um dos momentos mais engraçados da trama, mas ela não se trata exatamente sobre ele, mas sim sobre o cachorro da Rainha Elisabeth, Rex.
Rex sempre foi tido como o cachorro queridinho, tendo assumido o posto de “Top Dog” da Rainha. Porém depois de um incidente, após ele não querer se envolver com a cadela do Presidente Trump, ele decide sair mundo a fora e acaba se perdendo.
Nos primeiros 20 minutos da animação, qualquer pessoa que esteja atenta ao comportamento irreverente de Trump na mídia, irá rir aos montes na sessão (independentemente de você ser criança ou adulto). O roteiro da dupla Rob Sprackling e Johnny Smith faz isso muito bem na abertura da animação, mas volto a repetir, estamos falando sobre um filme de um cão chamado Rex. Posteriormente o enredo começa a apelar para referências já conhecidas dos cinéfilos, na construção do arco de Rex, que vão de “Toy Story”, “Clube da Luta” e “Rocky” (sempre regadas a piadas habituais de animações, mas nada que chame seu espectador de burro). Para as crianças isso funciona, porém para os adultos dependerá do humor deste.
Conferi em uma pré-estreia lotada de crianças que nunca haviam pisado em um cinema antes, e em seu desfecho foi notável que todas compraram muito bem a ideia de “Corgi: Top Dog”. Resumidamente se você é uma criança vai gostar do filme, agora se você é um adulto, vai gostar mais do começo da animação.
Obs: Sessão foi conferida na pré-estreia no Cine Roxy 5.
Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Critico de Cinema e agora Radialista na Rádio RVD, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.