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Após ser adiado em quase nove meses, por conta da pandemia do coronavírus, a Warner Bros lançou agora nos cinemas o aguardado “Invocação do Mal 3: A Ordem do Demônio” (apesar de ser o quarto filme mostrando o casal Warren, devido ao fato deles terem estrelado o terceiro Annabelle). Desde que sua primeira prévia oficial foi divulgada na CCXP 19 (pela qual estava presente), uma coisa foi deixada bastante clara pelo estúdio: seria um enredo bastante divergente em relação ao que já foi mostrado na franquia. Sob direção de Michael Chaves (do fraco “A Maldição da Chorona“), este episódio sem dúvidas consegue ter o mesmo estilo dos antecessores em vários quesitos.

Imagem: Warner Bros Pictures (Divulgação)

A história tem início quando uma sessão de descarrego realizada por Ed (Patrick Wilson) e Lorraine (Vera Farmiga) acaba dando errado, fazendo a entidade maligna trocar o corpo de David (Julian Hilliard) para o seu cunhado, Arne (Ruairi O’Connor). Porém após este cometer um assassinato, o casal Warren é contactado para ajudarem a provar nos tribunais que a entidade cometeu o crime e não o próprio David.

Imagem: Warner Bros Pictures (Divulgação)

Assim como nos filmes antecessores da franquia, a abertura do longa já começa com uma sequência bastante tensa. Apesar de soar um tanto repetitivo em um primeiro momento, Chaves está ciente do que pode ser feito e aproveita para trabalhar os sustos através da sonoridade em alguns momentos (e acabam funcionando, realmente). Assim como este, o roteirista David Leslie Johnson-McGoldrick também sabe que o público está ciente de quem são e quais as coisas os Warren já fizeram, por isso ele se abstém de focar nos casos antecessores da dupla (com exceção de um, que causará risos aos mais atentos).

Outro fator positivo é a trilha sonora de Joseph Bishara, pelos quais exalta um estilo de rock com uma tonalidade dos anos 70/80, que só fazem adentrarmos ainda mais no enredo. Só que mesmo tendo vários quesitos positivos, o filme peca apenas na abordagem do casal adolescente Arne Cheyenne (Ruairi O’Connor) e Debbie Glatzel (Sarah Catherine Hook), cuja trama tenta forçar um pouco a barra com outra coisa a ser mostrada (não vou adentrar em território de spoilers), só que a profundidade sobre eles, não ajuda.

“Invocação do Mal 3: A Ordem do Demônio” consegue manter a mesma qualidade e nível de diversão dos longas anteriores, e ainda consegue provocar alguns sustos nos fãs do gênero.

Obs: Muitos me perguntam se é necessário ver os anteriores primeiro, para entender esse filme. Porém eu falo com toda segurança, que você conseguirá embarcar facilmente na história se começar a ver a franquia a partir deste.

Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta e Critico de Cinema, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.