Crítica - Viúva Negra - Engenharia do Cinema

publicado em:8/07/21 9:35 PM por: Gabriel Fernandes CríticasDisney+StreamingTexto

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Desde o inócuo desfecho da personagem Viúva Negra/Natasha Romanoff (Scarlett Johansson) em “Vingadores Ultimato“, muitos se questionam “o que a Marvel iria fazer para consertar isso?”. Sábio e sempre com cartas na manga, o Presidente do estúdio Kevin Feige anunciou que a mesma ganharia um filme solo (algo que sequer era imaginado, desde sua primeira aparição em 2010). Só que ele não seria uma história de origem, e sim um arco ainda não explorado da mesma. Programado para ser lançado inicialmente no final de abril do ano passado, sofreu vários adiamentos por conta da pandemia e chegou apenas agora. Confesso que mesmo não sendo algo revolucionário como o filme citado, é uma emocionante despedida para Romanoff.

Imagem: Marvel (Divulgação)

A história se passa no arco que englobava “Capitão América: Guerra Civil”, onde após desobedecer o Tratado de Sokovia com outros heróis, vive como foragida pela Europa. Só que ao se esbarrar com sua irmã Ylena (Florence Pugh), ela percebe que terá de reencontrar com vários problemas e pessoas do passado, para conseguir seguir em frente em sua jornada pessoal e como uma Vingadora.

Imagem: Marvel (Divulgação)

Muitos se questionavam nestes últimos 14 meses que o filme sofreu vários adiamentos, se ele seria uma boa pedida para ter sido lançado direto no Disney+. Confesso que Feige estava certo em segurar a produção, pois estamos falando de uma obra onde 70% dela é repleta de cenas de ação (onde em grande parte, muitas delas são bem feitas no quesito sonoro e de efeitos visuais) e que ficam ótimas em uma sala de cinema. A diretora Cate Shortland vem do cinema independente e de produções dramáticas como “Lore“, faz um exímio trabalho em dosar ação, comédia e drama (que se tratando de uma produção da Marvel, é difícil até demais). Só que na hora de explicar alguns planos de Natasha, ela apela para um recurso de “take para detalhar o fato”, que poderia facilmente ser descartado (já que estávamos ouvindo a própria salientar tudo em uma linha de diálogo).

Com relação ao roteiro de Eric Pearson, confesso que para embargar bem na história é necessário ter visto “Capitão América: Guerra Civil“, “Vingadores Ultimato” e até mesmo a recente série “Falcão e o Soldado Invernal” (por isso, mas faça o dever de casa antes de ver “Viúva Negra“). Como estamos falando de uma cinessérie (que já possui mais de 20 filmes), alguns personagens não possuem uma apresentação e dosagem mais explicativa, como é o caso de Ylena (já confirmada na série do “Gavião Arqueiro“). Agora, meus parabéns ficam para os coadjuvantes David Harbour (Alexei) e Rachel Weisz (Melina), que possuem uma boa química com direito do primeiro sempre roubar a cena como um ótimo alívio cômico. Quanto ao vilão vivido por Ray Winstone, é mais outro erro da Marvel em deixar seus vilões secundários, com uma realização porca (até a atriz Ever Anderson (filha de Milla Jovovich) estava bem melhor em cena como a jovem Natasha, mesmo com poucos minutos em cena).

“Viúva Negra” é uma belíssima despedida de Scarlett Johansson do UCM, e nos deixa aquela lágrima vir à tona mais uma vez.

OBS: Há apenas uma cena pós-créditos presente, após todos os textos rolarem pela tela!

Gabriel_Fernandes

Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta e Critico de Cinema, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.



A última modificação foi feita em:dezembro 19th, 2021 as 10:19


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