Crítica - Jungle Cruise - Engenharia do Cinema

publicado em:2/08/21 10:00 AM por: Gabriel Fernandes CríticasDisney+StreamingTexto

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Este é mais um dos famosos brinquedos da Disneyworld a ganharem um longa metragem (após os sucedidos “Piratas do Caribe” e “Mansão Mal Assombrada“). “Jungle Cruise” junta dois dos maiores astros de Hollywood, Dwayne Johnson e Emily Blunt (que também está em cartaz nos cinemas com “Um Lugar Silencioso 2“), em uma aventura que mescla bastante os sucedidos “Indiana Jones” e “Tudo Por Uma Esmeralda“. Só que o diretor Jaume Collet-Serra (“Desconhecido”) peca um pouco ao beber demais na fonte destes filmes e fazer uma retratação sublimar da floresta amazônica (isso mesmo que você leu).

Imagem: Walt Disney Pictures (Divulgação)

Na trama a historiadora Lily Houghton (Blunt) descobre a existência de uma árvore cujas pétalas conseguem curar quaisquer doenças. Localizada em plena floresta Amazônica, ela resolve viajar até o local com seu amigo MacGregor Houghton (Jack Whitehall). Ao chegarem em terras brasileiras, eles contam com a ajuda do comandante de uma embarcação para turistas, Frank (Johnson), nesta missão.

Imagem: Walt Disney Pictures (Divulgação)

Falar sobre filmes que se passam em um “Brasil visto do ponto de vista hollywoodiano” pode ser algo um tanto quanto polêmico, dependendo do ponto de vista. A começar que claramente os roteiristas Michael GreenGlenn Ficarra e John Requa (estes dois responsáveis por filmes como “Amor a Toda Prova“) não entendem absolutamente NADA do básico da nossa nacionalidade principalmente por falarem que em meados de 1900, a nossa moeda era o Real e os Índios falarem inglês FLUENTE! (um cuidado que deveria ter sido o mínimo). Isso sem citar o português de Dwayne Johnson (que mistura inglês, espanhol e o próprio português! com um sotaque carregado), cujo personagem é residente brasileiro!

Mas o mais interessante é a mensagem subliminar em torno de vários personagens de países como EUA, Inglaterra e Espanha (inclusive seus ‘líderes’ são retratados de maneira genérica por Edgar Ramírez e Jesse Plemons), que no filme vem de forma massiva para a Amazônia com o propósito de conseguir a “pétala” (enquanto nós vemos os próprios países na vida real, indiretamente fazendo o mesmo com outros recursos).

Polêmicas à parte, Collet-Serra consegue cativar seu público através do carisma de seus protagonistas. Inclusive a cena de abertura com a personagem de Blunt, remete e muito aos filmes do próprio Indiana Jones (claramente a atriz deu conta do recado). Enquanto o Dwayne Johnson, faz coisas de Dwayne Johnson (que são sempre exageradas e acabamos gostando, pois se trata dele).

Apesar de uma retratação pífia da nossa Amazônia, “Jungle Cruise” consegue entreter aqueles que buscam uma aventura no estilo anos 80 e nada mais além.

Gabriel_Fernandes

Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta e Critico de Cinema, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.



A última modificação foi feita em:dezembro 19th, 2021 as 10:32


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