Setembro Amarelo: "O Bebê de Bridget Jones" - Engenharia do Cinema

publicado em:19/09/19 10:54 AM por: Gabriel Fernandes CríticasTexto

Este especial abrangerá como um auxilio para o mês de “Setembro Amarelo”, que trata-se do combate ao suicídio e depressão. Como o “Engenharia do Cinema” é um site sobre cinema, então ajudaremos no fato com dicas semanais de filmes de comédia, durante todo o mês de setembro.

Nesta terceira edição falarei sobre a divertida comédia “O Bebê de Bridget Jones”, pelo qual apesar de ser o terceiro filme da trilogia da personagem Bridget Jones, não é necessário ter visto os dois antecessores para conferi-lo.

Nos primeiros filmes estrelados por Renée Zellweger ela teve que engordar para viver a personagem, que era uma solteirona na faixa dos 30 que não se dava bem na vida e no amor (sendo o primeiro rendeu a ela uma indicação ao Oscar de atriz). Ela costumava deixar tudo registrado em seu diário (como o próprio titulo diz). Antes ela era disputada por uma dupla vivida por Colin Firth e Hugh Grant, agora este saiu de cena (com uma uma sequencia na abertura, que justifica sua ausência) e deu lugar ao ator Patrick Dempsey (o Dr. Shepherd de “Grey’s Anatomy”).

A trama começa bem no dia do aniversário dos 40 anos de Bridget, onde ela começa com um discurso mostrando que ela chegou quase a meia idade e não dependeu de ninguém pra tocar a vida. Porém ela ainda continua sozinha, mas ainda com uma paixão platônica pelo Mark Darcy (Firth). Só que ao ir em um festival de musica com uma amiga do trabalho, ela acaba tendo um caso com um desconhecido (Dempsey), onde mais tarde ela acaba descobrindo que se trata do milionário descobridor da equação do amor, Jack. Porém uns dias depois, ela acaba tendo uma recaída com Mark depois de uma cerimonia de batizado. Depois de umas semanas, ela acaba descobrindo que está gravida, só que ela sequer tem certeza de quem é o verdadeiro pai do bebê. O que aos poucos acaba transformando em uma verdadeira “Dona Flor e Seus Dois Maridos” da terra do Tio Sam.  

Imagem: Giles Keyte (Divulgação: Universal Pictures)

Um dos principais acertos da produção é fazer questão de destacar as mudanças que ocorreram na película no intervalo dentre o último longa que foi em 2004 (e um fiasco em todos os sentidos), até hoje. A começar que Jones trocou o diário por um tablet, que ela está bem mais magra e como muitas mulheres independentes do dia de hoje, detesta utilizar o “Tinder”, e principalmente as músicas que tocam durante sua trajetória envolvem tops atuais como Ed Sheeran (que aparece brevemente no longa) e Ellie Goulding (que compôs “Still Falling For You”, especialmente para o longa).Sem duvidas que o retrato desta personagem reflete ao diversas mulheres, que são verdadeiramente feministas (onde o roteiro acaba tirando sarro das falsas, em breves momentos), pois vemos que ela sequer foi dependente de algum homem pra arrumar um emprego, sair pra baladas, farras com as amigas e principalmente criar uma estabilidade financeira. 

Imagem: Giles Keyte (Divulgação: Universal Pictures)

Zellweger não poderia ter sido uma melhor escolha pra viver a personagem e neste longa deixa mais claro que acertaram na escalação em 2001 (só que a sua plastica atrapalhou um pouco em algumas cenas dramáticas no longa, pois eu não conseguia ver sua expressão). Sua química com Firth é um dos pontos fortes do longa, pois o casal já era meio que queridinho pelas inglesas desde a época de lançamento do primeiro livro (que apesar de ser uma trilogia também, este último teve um roteiro independente dos mesmos) e a adaptação pras telas de ambos só enalteceu isso. O acrescimento de Dempsey na trama foi outro acerto em relação a evolução da personagem, pois agora ele é o novo galã (coisa que Grant era naquela época). Porém o roteiro peca em deixar o ator nas mesmas condições que em longas anteriores (porque em TODO LONGA com ele rola uma cena de seu personagem fazendo malabarismo?!?!), e isso acabou tirando uns pontos do seu caractere. Porém quem acaba tirando bastantes risadas do publico em diversos é a melhor amiga de Bridget, Miranda (Sarah Solemani) que em alguns momentos rouba acabou roubando a cena. 

“O Bebê de Bridget Jones” serve para agradar quaisquer pessoas, que gostam ou não de comédias românticas.

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Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Critico de Cinema e agora Radialista na Rádio RVD, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.



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