Crítica - Maligno - Engenharia do Cinema

publicado em:10/09/21 12:18 PM por: Gabriel Fernandes CríticasHBO GOStreamingTexto

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Desde que foi anunciado há cerca de três anos, muito suspense se criou em torno do novo longa do cineasta James Wan. Conhecido por ter criado as franquias “Jogos Mortais“, “Sobrenatural” e “Invocação do Mal“, além de ter dirigido “Velozes e Furiosos 7” e os dois “Aquaman“, ou seja, estamos falando de um dos maiores cineastas da geração atual. “Maligno” chega com um enorme clima de mistério em sua trama, pois a todo momento ele esconde o verdadeiro enredo e só temos noção exata do que se trata, ao conferi-lo.

Imagem: Warner Bros Pictures (Divulgação)

A história gira em torno de Madison (Annabelle Wallis), que começa a ter misteriosas alucinações envolvendo diversos assassinatos brutais. Em busca de respostas, ela descobre se tratar de uma misteriosa entidade maligna chamada Gabriel. Apenas estas duas linhas são suficientes para explicar o enredo desta produção de terror, que facilmente se torna uma das melhores da década.

Imagem: Warner Bros Pictures (Divulgação)

A começar que em seus momentos iniciais, Wan vai pregando um clima de mistério em seu roteiro e execução. Seja através da câmera onisciente em cima de Madison (mesclada com um ótimo plano sequência, em um momento onde ela anda por sua casa), ou nas várias peças que são colocadas no tabuleiro nos primeiros minutos. Os fãs dos clássicos filmes de horror como “Suspira” e “O Bebê de Rosemary” irão sentir que há fortes homenagens, mas felizmente estamos falando de uma produção que cria sua imagem com originalidade.

Com cenas regadas a bastante sangue e violência (o que justifica a censura branda de 16 anos), elas não causam medo, mas aflição por conta do realismo colocado em alguns momentos. Porém a fotografia acinzentada de Michael Burgess (que trabalhou nos últimos filmes produzidos por Wan, como “Invocação do Mal 3”), acaba atrapalhando um pouco na apresentação de cenas envolvendo exposição de cadáver (deixando a sensação de choque ser um pouco prejudicada).

Agora partindo para as questão de atuações, apesar do roteiro apresentar situações clichês do gênero (como “sustos previsíveis”, pessoa que vai sozinha em um lugar abandonado e etc), alguns personagens também são porcamente escritos e as atuações não ajudam, como no caso do detetive “desligado” Kekoa Shaw (George Young). Mas o show mesmo decai sobre Annabelle Wallis (que protagonizou justamente o primeiro “Annabelle”), que consegue ter um papel bastante ácido e que futuramente será bastante recordado em sua filmografia.

No término de sua exibição, “Maligno” só mostra que o cineasta James Wan continua sendo um dos principais nomes do cinema de horror e ainda há muito para se extrair deste jovem nome.

Gabriel_Fernandes

Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta e Critico de Cinema, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.



A última modificação foi feita em:dezembro 19th, 2021 as 10:40


Engenheiro de Computação, Cineasta e Critico de Cinema, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.


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