Crítica - Venom: Tempo de Carnificina - Engenharia do Cinema

publicado em:8/10/21 9:03 AM por: Gabriel Fernandes CríticasTexto

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Após o inesperado estrondoso sucesso de “Venom“, em 2018, a Sony Pictures viu que era hora de iniciar o planejamento de uma franquia e do universo dos vilões do personagem Homem-Aranha (pelos quais ela ainda detém os direitos). Sofrendo por conta da pandemia, “Venom: Tempo de Carnificina” foi basicamente anunciado na cena pós-créditos do citado, quando víamos Eddie Brock (Tom Hardy) interrogando o psicopata Cletus Kasady (Woody Harrelson), que viraria o perigoso vilão Carnificina (considerado um dos mais violentos da Marvel).

Imagem: Sony Pictures (Divulgação)

A história não foge muito disso que citei, pois ela mostra Eddie/Venom tendo de combater a ira do criminoso Cletus, que mais tarde se torna o vilão Carnificina. Ao mesmo tempo que os primeiros tentam controlar seu conturbado relacionamento.

Imagem: Sony Pictures (Divulgação)

Desde que foi divulgado que teríamos uma metragem de 97 minutos (uma metragem não habitual para às produções da Marvel), uma dúvida penou em todos se os produtores da Sony não interviram demais no processo de concepção do filme. Isso se tornou certeza em minha cabeça, logo após ver uma cena (totalmente patética) com o próprio Venom indo em uma balada, subindo no palco do show e começa a pregar discursos de aceitação (certamente os envolvidos vão detonar essa sequencia, no futuro).

Mas não é este o principal dos problemas, pois durante quase 60% da metragem vemos Eddie e Venom envolvidos em piadas sobre a “rivalidade” entre ambos. Cansa demais vermos estes momentos, enquanto em uma subtrama temos uma dupla de vilões concebidos por Harrelson (que está ótimo no papel) e Naomi Harris (completamente desperdiçada e genérica) sequer é aproveitada definitivamente. O mesmo pode-se dizer de Michelle Williams (intérprete de Anne), que aparece aqui apenas para fazer nome no elenco. Sua personagem não faz diferença alguma na história, e todo aquele potencial mostrado por ela no primeiro é deixado de lado.

Com direção de Andy Serkis, podemos dizer que não estamos falando de uma produção totalmente bombástica (afinal o demérito cai em grande parte sobre o roteiro de Kelly Marcel e do próprio Hardy), pois ele sabe criar uma atmosfera de suspense em cenas corretas e aproveita o potencial das cenas com CGI (que são realmente muito bem feitos). Só que o fator “censura baixa”, acaba prejudicando nas cenas de “pseudo-violência” de Carnificina, pois ele mata meio mundo sem derramar uma gota de sangue (estou falando sério).

Apesar de ser uma produção plausível, “Venom Tempo de Carnificina” é apenas melhor que o primeiro filme, mas ainda mostra que a Sony não acertou na concepção do personagem.

OBS: Há uma cena pós-créditos de grande importância! Cuidado com spoilers.

Gabriel_Fernandes

Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta e Crítico de Cinema, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.



A última modificação foi feita em:dezembro 19th, 2021 as 10:56


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