Crítica - The Boys (3ª Temporada) - Sem Spoilers - Engenharia do Cinema
Uma semana depois de “Stranger Things” ter abalado a internet com sua quarta temporada, a Amazon resolveu competir a altura lançando a terceira temporada de “The Boys“. Mesmo não sendo a última temporada da sucedida série, o serviço apostou no marketing que este seria o ano mais violento e maluco da mesma. E com toda certeza, embora tenham cumprido esta promessa, não podemos dizer que isto é suficiente para os oito episódios deste terceiro ano, serem bons.
Imagem: Amazon Studios (Divulgação)
A história começa exatamente quando a antecessora parou, com Homelander (Antony Starr) e Billy Butcher (Karl Urban) com sangue nos olhos para se gladiarem. Ao mesmo tempo, Hughie (Jack Quaid) e Starlight (Erin Moriarty) vivem uma verdadeira crise se o relacionamento deles ainda poderá dar certo (afinal, ela é uma super-heroína e ele um homem normal).
Imagem: Amazon Studios (Divulgação)
Realmente, esta temporada opta pelo impacto de suas cenas para causar a sensação e curiosidade do espectador para onde vai sua direção. Com mortes regadas a muito sangue (e de forma cartunesca), cenas que extrapolam o normal (realmente não posso entregar, se não cairei em território de spoilers) e até mesmo falas hilárias, este novo ano só consegue se segurar nestes três fatores para conseguir segurar o espectador até o clímax da temporada (que realmente demora um pouco para acontecer).
Mesmo com o fato de que o foco agora é totalmente em Homelander x Billy, a temporada realmente opta por não desenvolver muito bem seus outros personagens (fazendo até mesmo, nós nos perguntarmos o “porque eles ainda estão na série”). Para se ter uma ideia, existem episódios que realmente se prendem apenas aos fatores citados no parágrafo antecessor, apenas para “encher a linguiça” e dar a metragem necessária por conta do contrato com a Amazon.
E isso acaba sobrando até mesmo na inserção dos novos personagens (cujo marketing se concentrou bastante nos últimos meses) que são o Soldier Boy (Jensen Ackles, que está bem à vontade no papel e entra no clima satírico da série) e Crimson Countess (Laurie Holden, que está bem no automático). Com notórias sátiras aos heróis da Marvel, Capitão América e Feiticeira Escarlate, somente quem realmente conhece estes, vai achar divertida a “homenagem”.
O terceiro ano de “The Boys” demora um pouco para decolar, mas quando ele começa a andar, abre portas para várias polêmicas e teorias do seu quarto ano.
Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta e Critico de Cinema, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.