Cinco filmes estrelados por mulheres, antes dos anos 90 e são melhores que títulos atuais - Engenharia do Cinema

publicado em:19/08/22 5:56 PM por: Gabriel Fernandes ArtigosColunas

Nas últimas semanas uma polêmica se estabeleceu nas redes sociais, por conta do péssimo roteiro do longa “Predador: A Caçada” e da abordagem na série “Mulher-Hulk: Defensora de Heróis“. Enquanto um lado elogia ambas produções mais por conta do protagonismo feminino (ao invés dos quesitos técnicos), o outro critica o fato do roteiro enaltecer o tempo todo ambas as protagonistas, somente em prol do contexto de que “mulheres podem fazer tudo o que querem”(e acabam nos entregando enredos forçados, sem sentido algum e clichês ao máximo). E não são apenas estes dois projetos que utilizam esta artimanha citada, como também vários outros títulos recentes como “Exterminador do Futuro: Destino Sombrio“, “Caça-Fantasmas” (de 2016), “Doutor Estranho no Multiverso da Loucura” e até mesmo a última série do “He-Man: Mestres do Universo“. Legados são estragados, em meio a roteiros péssimos e mal executados.   

Porém, muitos não se pegam para analisar que este contexto soa como mera estratégia de marketing, que os estúdios fazem promover uma mensagem “massiva” de que determinada produção abraça a temática, quando na verdade, não sabem o que estão realmente fazendo. E conforme estas produções são lançadas massivamente nos cinemas e nos streamings, muitas pessoas se pegam em discursos prontos (e muitas vezes chegam a ser ofensivos), ao sempre dizerem “o cinema nunca teve uma protagonista feminina como X, Y”. E isso acaba rendendo vários memes na internet e discussões fúteis, onde muitos não se colocam a analisar estes fatores, muito menos como era isso no passado (e da forma verídica).

É ai que muitos acabam cometendo um equívoco, pois em meados dos anos 40, 50 e principalmente 60, houve um boom com grandes personagens femininas nas telonas (e que até hoje influenciam gerações). Afinal, alguém reparou que a própria Gal Gadot sempre bebeu muito na veia da icônica Elizabeth Taylor (intérprete de “Cleópatra” no clássico longa de 63, e que justamente terá seu remake estrelado por Gadot), seja na forma de tentar se basear suas atuações e até mesmo seu estilo diante das lentes dos cineastas. O mesmo vale para outras várias atrizes atuais como Elizabeth Debicki e Emma Roberts, que sempre estão se embasando em Audrey Hepburn (nossa eterna “Bonequinha de Luxo“).   

Depois desta explanação, separei cinco filmes que devem ser conferidos e analisados à fundo, antes de partirmos para este debate sobre “diversificação feminina”, sem antes termos um embasamento do que já acontecia na história do cinema (uma vez que muitos ainda tentam mudar e até mesmo apagar, só para fortalecer seu argumento). E nesta lista, obviamente não irei citar produções um tanto que óbvias como a saga de “Alien“, “Kill Bill“, “Atômica” e “Mad Max: Estrada da Fúria“.

5 – Mary Poppins
Disponível no Disney+/Mídia Física

Imagem: Walt Disney Pictures (Divulgação)

Em plena era dos musicais em alta, a então novata Julie Andrews (que venceu o Oscar por este papel) estava dando vida para uma das personagens mais icônicas não só da história do cinema, como da própria Walt Disney. Na trama ela dá vida a famosa babá Mary Poppins, que surge para cuidar de várias crianças malcriadas, uma vez que seus Pais estão ausentes e não conseguem cuidar das mesmas.    

4 – Cleópatra
Disponível no Star+/Mídia Física

Imagem: 20th Century Studios (Divulgação)

 Ainda na mesma época de Poppins ter aparecido, em 1963, a 20th Century Fox lançava um dos maiores épicos da história: “Cleópatra”. Estrelado por Elizabeth Taylor, na época, apesar dela não ter conseguido uma indicação ao Oscar por este papel (mas em compensação ela já tinha conquistado com “Disque Butterfield 8”, em 1960 e com “Quem Tem Medo de Regina Wolf” em 1967).

Dirigido por Joseph L. Mankiewicz, a trama tem como foco a trajetória da Rainha do Egito, Cleópatra e sua relação com o Imperador Romano, Júlio César. Sozinha, ela tinha de tentar contornar uma situação delicada com relação ao seu povo, ao mesmo tempo que estava se envolvendo com aquele. Atire a primeira pedra quem nunca se deparou com cenas icônicas e várias homenagens com o figurino de Taylor nesta produção, que inclusive era tratada como uma das mais belas mulheres do cinema.   

3 – Nasce Uma Estrela
Disponível: Telecine

Imagem: United Artists (Divulgação)

Há cerca de 90 anos (em um universo que jamais pensava na existência de Bradley Cooper e Lady Gaga), em 1937, o cinema lançava pela primeira vez a icônica história de “Nasce Uma Estrela”. Vencedor dos Oscars de fotografia e roteiro original, a trama mostrava a jovem Esther Victoria Blodgett (Janet Gaynor) que nutria o sonho de se tornar uma grande estrela de cinema. E com o apoio de sua avó, ela decide ir para Los Angeles e conquistar seu sonho. Por lá ela conhece o aclamado ator Norman Maine (Fredric March), por quem se apaixona. E enquanto vemos um crescer, o outro vai decaindo lentamente.

Para os que desconhecem a produção original, ela não só se tornou um dos principais títulos do cinema (sendo referenciada em inúmeros filmes), como também fazia parte de uma estratégia de Hollywood, pelo qual na época focava em lançar apenas longas com finais tristes. Um outro ponto que marcou este título, foi que a equipe conseguiu que uma cena fosse gravada na própria cerimônia do Oscar (mas de 1936), pelo qual antigamente ocorria na cobertura do Roosevelt Hotel.   

2 – Bonequinha de Luxo
Disponível: Mídia Física/On-Demand

Imagem: Paramount Pictures (Divulgação)

Atire a primeira pedra se você nunca se deparou uma mulher ou alguma atriz, se caracterizando como a icônica Holly Golightly, personagem de Audrey Hepbun, em “Bonequinha de Luxo“, lançado em 1961. Com direção de Blake Edwards (criador da franquia “A Pantera Cor de Rosa”), a produção mesclava toques de comédia, romance e suspense, cuja inspiração era no livro do famoso escritor Truman Capote. A trama mostra Holly como uma mulher disposta a se casar com um homem rico, mas sua vida muda quando ela acaba se apaixonando por seu vizinho Paul Varjak (George Peppard), que trabalha como escritor e lhe faz refletir sobre tudo.    

1 – O Bebê de Rosemary
Disponível: Amazon Prime Video

Imagem: Paramount Pictures (Divulgação)

Seria uma hipocrisia falar deste assunto, e não citar este clássico de Roman Polanski, lançado em 1968, que revolucionou o cinema de horror e foi o pontapé inicial para outras produções com pegadas de horror psicológico. Estrelada por Mia Farrow, a produção inspirada no livro de Ira Levin foi também uma das produções responsáveis por alavancar a carreira de Polanski ainda mais. Na trama, Farrow interpreta Rosemary, uma mulher que durante sua gestação acredita estar esperando um bebê que talvez seja a reencarnação do anticristo.     

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Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta e Critico de Cinema, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.



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