Crítica - Super Mario Bros: O Filme - Engenharia do Cinema

publicado em:11/04/23 8:16 PM por: Gabriel Fernandes CríticasTexto

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Há anos Hollywood tentava conseguir convencer a Nintendo de tentar ceder os direitos de “Super Mario Bros“, para realização de um novo longa-metragem (esquecendo totalmente o terrível filme de 1993). Adquirido pela Universal Pictures, o estúdio colocou sua divisão de animação Illumination (responsável por franquias como “Meu Malvado Favorito“) para conceber o projeto. Depois de muita ansiedade dos fãs, finalmente o grande dia chegou e o próprio chegou aos cinemas honrando o que prometeu: 90 minutos com pura nostalgia e entretenimento. 

Imagem: Universal Pictures (Divulgação)

A história começa com os irmãos Mario e Luigi, que acabaram de abrir sua própria firma de encanadores e não estão tendo seus dias de glória. Eis que após tentarem sanar um problema na sua cidade, acabam sendo enviados (por intermédio de um cano) para um mundo totalmente paralelo e separadamente. Então o primeiro acaba tendo de se juntar com a Princesa Peach e seus aliados, para salvar seu irmão das garras do temido Bowser (que lhe fez de refém).

Imagem: Universal Pictures (Divulgação)

Começo enfatizando que foi nítido que a Universal Pictures se juntou com a Nintendo, com os produtores e roteirista do longa (Matthew Fogel, de “Minions 2“) e os dois primeiros falaram “joguem o jogo! Embasam tudo nos que foi mostrado lá!”. E realmente a lição de casa foi feita, pois a sensação de nostalgia e referência aos jogos é nítida desde os primeiros minutos. Porém, tudo não soa como easter-eggs vazios, e sim passagens necessárias na história.    

Um claro exemplo é a dupla de diretores Aaron Horvath e Michael Jelenic ter colocado sutilmente vários destes, de formas técnicas. Sejam personagens icônicos como figurantes no cenário, situações que remetem ao game por intermédio dos enquadramentos da câmera e aproveitar ao máximo a quantidade de referências que podem ser inseridas na trama.

E o roteiro é ciente que estamos falando de um jogo que nunca teve uma grande história, mas sim uma grande fama e carinho pela maioria das pessoas pelo mundo. Nisso, o próprio se embasou em um estilo de humor pastelão (remetendo clássicos como “O Gordo e o Magro” e “Chaves“) para ser o gênero de fundo e funcionou (tanto que o riso se torna constante, em algumas situações, como a Princesa Peach sempre chegar com uma “patada” em determinas situações).

Super Mario Bros: O Filme” é uma verdadeira aula de como adaptar um game para os cinemas, nos fazendo ficar alegres e agradecidos durante 90 minutos.



A última modificação foi feita em:julho 14th, 2023 as 14:38


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Engenheiro de Computação, Cineasta e Critico de Cinema, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.


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