Crítica - Mistério no Mediterrâneo - Engenharia do Cinema
Ultimamente longas estrelados por Adam Sandler na Netflix não são sinônimos de qualidade. De suas cinco produções para a plataforma, apenas duas são realmente boas, já as outras são tão sofríveis que não conseguimos chegar ao final. Felizmente seu sexto filme para esta, “Mistério no Mediterrâneo” se encaixa no primeiro caso.
Imagem: IMDB
Ele interpreta o policial Nick, que resolve quebrar a rotina com sua esposa Audrey (Jennifer Aniston) indo viajar até a Europa. Mas, durante o voo, eles conhecem o misterioso Charles (Luke Evans), que lhes convida para seguir viagem em seu barco. Neste, eles acabam acidentalmente envolvidos no assassinato do patriarca (Terence Stamp).
O roteiro de James Vanderbilt (“O Ataque”) faz uma notória sátira a clássica história de Agatha Christie, “O Assassinato No Expresso Oriente”, pelo qual, assim como nesta obra, a narrativa faz o espectador embarcar facilmente na questão sobre quem realmente é o assassino. Sem querer dar spoilers, o roteiro funciona muito bem nesse quesito.
Imagem: Reprodução da Internet.
No quesito de atuação Sandler e Aniston já mostraram ter uma ótima química em “Esposa de Mentirinha” e aqui repetem a divertida parceria. Felizmente o primeiro não opta por colocar coisas aleatórias dentro de alguns arcos de suspense e quando solta suas clássicas “piadas” acaba tomando patada de alguém do elenco e isso funciona (eu pelo menos dei boas risadas).
Quando o longa tenta mesclar todos os arcos dos coadjuvantes, acaba forçando a barra, pois alguns deles acabam sendo retratados de maneira rasteira e desinteressante.
Com um ótimo cenário em “Mônaco”, “Mistério no Mediterrâneo” é uma divertida comédia de suspense, pelo qual a Netflix disponibiliza de vez em nunca.
Nota: 7,5/10,0
Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Crítico de Cinema e agora Radialista na Rádio RVD, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.