Crítica - Abominável - Engenharia do Cinema
A DreamWorks Animation é um das maiores empresas de animações, existentes no cinema. Responsáveis por cinesséries como “Shrek” e “Kung Fu-Panda”, por ano eles produzem cerca de três animações distintas e pelo menos uma, acaba sendo selecionada como uma das melhores do ano. Depois do sucesso de “Como Treinar Seu Dragão 3”, o estúdio lança agora “Abominável”.
A história se passa no Japão, onde a jovem YI, se sente completamente deslocada das outras pessoas e de sua família. Um dia ela acaba esbarrando com o Abominável Homem das Neves, que acabou de fugir de um laboratório cientifico. O apelidando carinhosamente de Everest, eles acaba embarcando em uma jornada, para levá-lo de volta para sua casa e impedir que os cientistas o capturem de volta.
Escrito e dirigido por Jill Culton, esta simpática animação tem como mérito a construção do cenário. As paisagens do Japão, os pontos históricos que os personagens passam, tudo é feito de forma bastante detalhista e bela. Mas caindo em contradição, o roteiro é bastante rasteiro e não foge dos arcos das animações habituais (vou me abster de falar, pois você já sabe).
Mas o carisma dos personagens se sobressaem neste devaneio, onde o personagem Everest realmente consegue cativar o espectador facilmente, logo em poucos minutos de cena. Os outros personagens que acompanham Yi na jornada, Peng e Jin, também são bastante interessantes e cativantes (alguns momentos, o terceiro realmente é bem engraçado). Mas os vilões novamente são bastantes genéricos e fracos.
“Abominável” não é uma das melhores animações do ano, mas consegue divertir crianças e adultos, que procuram um divertimento escapista por 90 minutos.
Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Critico de Cinema e agora Radialista na Rádio RVD, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.