Crítica - Toy Story 4 - Engenharia do Cinema
Quando foi anunciado “Toy Story 4”, confesso que fiquei com um “pé atrás”. Depois do final magistral que foi com o terceiro longa, dificilmente eles iriam fazer algo que o superasse. Porém, eles pegaram um “pequeno” detalhe que é mencionado no início deste. Esse detalhe é o arco da boneca Betty, que é a “namorada” de Woody.
O longa começa mostrando os brinquedos ainda com Andy, há seis anos, onde vemos a noite onde ela é doada pela irmã deste. Então o filme dá uma pulada para os dias atuais, onde Woody resolve ajudar sua nova dona, Bonnie, na escola. Assim ele acaba auxiliando ela a criar o “brinquedo” Garfinho. Mas esse não acaba aceitando seu novo rótulo, o que faz os brinquedos embarcarem em uma nova jornada, os fazendo encontrarem um novo “estilo de vida”.
Imagem: IMDB
Visualmente o longa é belo, e, às vezes, não parece que estamos vendo uma animação de tão real que é o cenário pelo qual eles passam (como, por exemplo, a primeira cena do filme, onde mostra a frente da casa de Andy).
São tantas referências aos longas antecessores e diversas críticas sociais construtivas que o roteiro da dupla Andrew Stanton e Stephany Folsom exerce, que fica sendo difícil julgar qual é a melhor. Temos a evolução da personagem Betty, que literalmente virou uma boneca independente, a inclusão social por intermédio da ligação de Woody e Garfinho e por aí vai (existem algumas que não posso falar, pois já entrarei em território de spoilers).
Imagem: IMDB
Desta vez Buzz Lightyear e seus amigos são meros coadjuvantes, pois o foco é nos personagens citados no parágrafo anterior. Porém, existem novos brinquedos chamados Duke Caboom e uma dupla de pelúcias que são um coelho e pato, que roubam a cena sempre quando aparecem, rendendo boas risadas dos espectadores. Já a vilã fica a cargo da boneca Gaby-Gaby, que consegue ser a melhor da história da Pixar. Não vou adentrar também, pois posso correr risco de spoilers.
“Toy Story 4” chegou para fechar o arco de forma definitiva, que chegou aos cinemas há quase 25 anos e que rendeu uma legião de fãs. Não duvido que consiga estar dentre os indicados a Melhor Filme no Oscar 2020. RECOMENDO!
Nota: 10,0/10,0
Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Crítico de Cinema e agora Radialista na Rádio RVD, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.