Crítica - The Witcher (1ª Temporada) - Engenharia do Cinema

publicado em:24/12/19 11:41 AM por: Gabriel Fernandes CríticasTexto

Desde que foi anunciada em meados de 2017, a série de “The Witcher” que adapta a série literária/jogos criados por Andrzej Sapkowski, era aguardada por muitas pessoas. Sucesso no mundo todo, o projeto era uma cartada certeira da Netflix. Depois de muito marketing e a presença “surpresa” do protagonista Henry Cavill, na CCXP19, eis que finalmente a série foi lançada.

Imagem: Netflix (Divulgação)

Já aviso de antemão que pode soar um pouco confusa a narrativa da série, pois além de serem três tramas distintas, também são várias passagens temporais diferentes (que não são explanadas claramente). A primeira mostra o protagonista Geralt (Cavill) caçando monstros e tentando se adaptar a realidade daquele universo; A segunda mostra a jovem Yennefer (Anya Chalotra) que é vendida por seu próprio Pai para uma mulher misteriosa, que a transforma aos poucos em uma verdadeira bruxa; A terceira e última mostra a princesa Ciri (Freya Allan) que não consegue se adaptar aos estilos da realeza em que vive.

Imagem: Netflix (Divulgação)

Apesar de ter salientado essa breve sinopse, muitas coisas não farão sentido. Porém a própria história de “The Witcher”, ganhou mérito exatamente por causa disso: fazer o seu espectador trabalhar a mente sobre “o que” e “quando” está realmente ocorrendo. Sim, a série procura moldar e muito este universo nesta temporada, onde em episódios de 60 minutos, apenas 10% são destinados a cenas de ação. Alguns efeitos visuais são bem precários de fato, mas a construção do universo através do design de produção, maquiagem e figurino realmente são impressionantes. A violência apresentada não é de forma gratuita, mas sim necessária, para transpor um minimo de realidade possível.

Com relação as atuações, apesar de Henry Cavill estar muito bem como Geralt, outros atores que roubam sua cena e eles são a já citada Anya Chalotra e Joey Batey (que interpreta o alivio cômico Jaskier). Enquanto a primeira teve a única história que realmente fez sentido com uma linha temporal perceptível, sua construção foi feita com maestria mais pelo talento dela, do que do próprio roteiro em si. Já o segundo está bem engraçado, e serve para a aparecer na hora certa e darmos muitas risadas das constantes provocações que ele faz com Geralt. Isso sem citar a sua música, que não consegue sair da nossa cabeça.

Ao término desta temporada de “The Witcher” fica claro que a série além de ter gás próprio (ELA NÃO TEM NADA HAVER COM “GAME OF THRONES”), poderá ter um futuro promissor se a Netflix não quiser meter bedelho com sua cartilha, nos próximos anos.

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Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Critico de Cinema e agora Radialista na Rádio RVD, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.



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