Crítica - Por Lugares Incríveis - Engenharia do Cinema
Quando foi noticiado o lançamento de “Por Lugares Incríveis”, pela plataforma Netflix, a primeira impressão foi que seria um longa “mais do mesmo”. Um tipico romance adolescente, com toques dramáticos e que faria os mais sensíveis se emocionarem. O longa de Brett Haley é basicamente isso, mas se sobressai devido às atuações da dupla Elle Fanning e Justice Smith.
Baseado no livro de Jennifer Niven, a trama mostra a história da jovem Violet (Fanning), que após ser impedida de se suicidar por Finch (Smith), este começa a querer entender o porquê dela ter feito tal tentativa. Para isso, ele resolve a chamar para fazer conosco um trabalho da escola, cujo propósito é conhecer diversos lugares na cidade onde residem.
Sim, temos uma trama completamente similar há diversos outros sucessos de Nicholas Sparks (“O Diário de Uma Paixão”) e John Green (“A Culpa é das Estrelas”), mas como foi dito no primeiro paragrafo, o enredo se sustenta pela naturalidade do casal central. Graças ao carisma de ambos, acabamos entrando na proposta, tentando entender o que motivam ambos e torcemos para o final feliz acontecer.
Mas como o longa tenta apenas focar apenas neles, alguns assuntos que seriam interessante serem abordados (como suicídio, depressão e perda de entes queridos) não é retratado a fundo como devia (tudo é bem rasteiro e deixado de lado). Esse fator piegas, acaba prejudicando um pouco a premissa que a narrativa poderia levar.
“Por Lugares Incríveis” é o tipico filme light, onde você deve assistir se quiser passar o tempo e relaxar um pouco a mente com uma história reflexiva sobre a vida. Nada mais além disso.
Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Crítico de Cinema e agora Radialista na Rádio RVD, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.