Crítica - Dois Irmãos: Uma Jornada Fantástica - Engenharia do Cinema
Em 2020 podemos dizer que será o ano da Pixar, pois este é o primeiro dos dois longas lançados pela produtora de animação da Disney (o segundo será “Soul”, em junho). Como todos nós sabemos, quando há estes selos é certeza que haverá qualidade e lágrimas no desfecho. “Dois Irmãos: Uma Jornada Fantástica” possui exatamente estes dois elementos citados.
A história mostra os dois irmãos Elfos, Ian e Barley, que vivem vidas e estilos completamente distintos. Mas no aniversário de 16 anos do primeiro, eles descobrem que seu finado Pai deixou uma adaga com uma gema que poderá lhe trazer de volta à vida por 24 horas. Como ela veio incompleta, ambos partem em uma jornada para conseguir trazer aquele inteiramente de volta à vida.
Começo ressaltando que o roteiro de Dan Scanlon, Jason Headley e Keith Bunin consegue logo nos primeiros minutos fazer nós espectadores, que se já perdemos alguém próximo, se assemelharmos com a persona de Ian. Por mais infantil e rasteira que seja o restante da narrativa (que segue todos padrões de um “road movie”, que são os famosos “filmes de estrada”), o fato deles também satirizarem algumas situações da sociedade cotidiana (como movimentos feministas e afins), faz os adultos comprarem a ideia do filme mais rápido que as crianças (afinal, eles que pagam para acompanha-las nas sessões). Principalmente com a questão que a narrativa extrapola que é “o que você faria se tivesse mais um tempo com alguém que já se foi?”.
“Dois Irmãos: Uma Jornada Fantástica” é realmente uma animação emocionante e mais um show de animação da Disney/Pixar, que nos fará rir e emocionar com mais uma história reflexiva.
Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Crítico de Cinema e agora Radialista na Rádio RVD, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.