Crítica - Grandes Olhos - Engenharia do Cinema

publicado em:24/03/20 11:00 AM por: Gabriel Fernandes CríticasStreamingTelecine PlayTexto
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Ao ouvir o nome de Tim Burton, a primeira coisa que me vem a mente é algum filme de fantasia com Johnny Depp no elenco. Quando vi o trailer de “Grandes Olhos”, denotei que pela primeira vez eu iria assistir algum filme seu que não envolvia o seu clássico estilo, muito menos o citado no elenco.

 Imagem: Leah Gallo/The Weinstein Company (Divulgação)

A trama é inspirada na história real da famosa pintora Margaret (Amy Adams) que não fazia outra coisa na vida além de pintar os seus quadros com personagens de “olhos grandes”, com inspiração em sua filha. Até que ela conhece o pintor de paisagens Walter Keane (Christoph Waltz), que se casa com ela em poucos dias de namoro. Mas algumas semanas depois do matrimônio, ele começa a divulgar que as pinturas de sua esposa são na verdade de sua autoria. Então este começa a fazer sucesso em cima desta, pois na época as mulheres não eram vistas como “verdadeiras pintoras”.

 Imagem: Leah Gallo/The Weinstein Company (Divulgação)

Em um primeiro momento a dupla de protagonistas parece não ter nada haver um com o outro, mas no decorrer da história vemos que a escalação foi proposital de certa forma, que seria impossível imaginar outros atores em seus papeis. O que comprova é que ambos foram indicados a melhores atores comédia/musical no Globo de Ouro, algo que eu não entedia até agora (ok, no último ato Waltz conseguiu arrancar bastante risadas de mim e de quem mais estava na sala. Mas somente nesta hora), pois a história é bem dramática e Amy Adams ainda acabou levando como “melhor comediante”! Quanto aos coadjuvantes temos alguns nomes conhecidos (ou aqueles típicos “sabemos que é, mas não lembramos o nome”) como Krysten Ritter (da série “Apartamento 23”), Jason Schwartzman (“O Grande Hotel Budapeste”), Danny Huston (“Número 23”) e Terence Stamp (“Agente 86”). Todos eles tem pouco tempo em tela, mas sendo que somente o último tem as melhores sequencias (destaque para a discussão no jantar com Waltz).

Ao decorrer da narrativa nada parece com um tipico “filme do Tim Burton”, além dos penteados alegóricos dos personagens. A fotografia segue o estilo pálido e depressivo das pinturas de Margaret, enaltecendo assim as obras na forma cinematográfica e fica bacana essa aplicação. Porém algo que me fez notar ao final de “Grandes Olhos”, foi que ele era mais um dos injustiçados do Oscar de 2014.

Até o presente momento o filme é EXCLUSIVO do serviço TELECINE PLAY.

Gabriel_Fernandes

Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Crítico de Cinema e agora Radialista na Rádio RVD, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.



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