Crítica - La Casa de Papel: Parte 4 - Engenharia do Cinema
Desde o término da parte três de “La Casa de Papel”, os fãs e todos aqueles que estavam acompanhando a série, ficaram apreensivos por conta do polêmico desfecho da personagem Nairobi (Alba Flores). Após muita ansiedade, finalmente a quarta parte chega ao serviço da Netflix e devo confessar que apesar de ser tão apreensiva quanto as antecessoras, ela ainda possui alguns fracos erros no roteiro.
A história basicamente continua com o Professor (Álvaro Morte) e sua gangue tendo de enfrentar novos desafios durante o roubo ao Banco Nacional da Espanha. Antes, o principal problema eram os investigadores, mas tudo muda quando eles tem de enfrentar também o segurança Gandia (José Manuel Poga), que quer matar todos os assaltantes dentro do local sem compaixão. Ao mesmo tempo, Raquel (Itziar Ituño) tem de jogar e muito com a investigadora Alicia (Najwa Nimri), que à mantém presa temporariamente.
Só pelo enorme jogo de gato e rato feito em todos os oito episódios com maestria, não era necessário apresentar arcos e, pasmem, novos personagens (sim, ainda tem gente nova chegando!). O roteiro apela para usar de “descanso” alguns arcos completamente desnecessários (discussões amorosas dos personagens podem ser válidas, mas não excessivamente como é usado aqui). Mas desta vez os personagens que ganham mais destaque e arcos emocionantes são as, já citadas, Nairobi, Alicia (que finalmente conhecemos a origem da sua persona fria) e Palermo (Rodrigo De la Serna).
Embora seja dirigido por mais de três diretores diferentes, todos eles diferem na hora de passar a emoção e prender o espectador. Alguns apelam para o imprevisto, outro para o slow-motion (para irmos absorvendo o fato aos poucos) e pela ação desenfreada (que apesar dos efeitos práticos serem bons, os visuais ainda apelam para um horrível CGI). A diferença é sentida se você notar os detalhes com calma, mas caso contrário não irá perceber e continuará se divertindo.
Mas já aviso de antemão que assim como a direção ter várias mãos, o roteiro também possui vários responsáveis. O que é um fato para algumas cenas beirarem ao impossível e sem sentido algum (vide o arco envolvendo uma das personagens principais, que não citarei por causa de spoilers). Acredito que se tivessem apenas dois profissionais para ambas as funções, os erros não iriam acontecer.
“La Casa De Papel: Parte 4” poderia ter encerrado o arco nesta temporada, mas o sucesso ainda provavelmente irá garantir a série espanhola por mais uns anos. Se você procura uma série para maratonar, essa é a escolha certa e não se arrependerá (são quase seis horas de apreensão).
Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Crítico de Cinema e agora Radialista na Rádio RVD, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.
Show de crítica… valeu Gabriel… comecei a assistir La Casa de Papel quando já tinha terminado a temporada 2, corri eu e minha ex namorada, eu assistindo e revendo as temporadas 1 e 2… e então depois cumprimos a temporada 3… pensei que Nairobi iria morrer… … … enfim quando soube da temporada 4, fique bem animado e ansioso… e sinceramente não sabia desta técnica CGI, mas notava algumas imagens meio estranhas.
Você sabe que horas será liberado o 1o. epsódio da 4a temporada de La Casa de Papel???
Olá, Rogério! Tudo bem? A quarta temporada já está disponível no catalogo da Netflix!
Abraços e obrigado por nos acompanhar!