Crítica - Coffee & Kareem - Engenharia do Cinema
Em meio a essa escassez dos cinemas, a Netflix está aproveitando e colocando os mais variados títulos em seu catálogo. “Coffee & Kareem” entra no tópico das produções mais vergonhosas e patéticas, nesta nova leva de abril.
A história mostra o policial Coffee (Ed Helms), que possui uma relação muito conflituosa com o filho (Terrence Little Gardenhigh) de sua namorada (Taraji P. Henson). Eis que esta inventa que ele deve buscar o garoto na escola, para eles começarem a se enturmar. Porém, ele não imaginava que o menino acaba lhes colocando em uma complicada trama com o tráfico de drogas.
Pense em um enredo que procura tratar seu protagonista juvenil como alguém extremamente chato e insuportável pelo qual fica sendo mais difícil ver ele em cena ao invés de causar risos. E é o que o roteiro de Shane Mack faz com Gardenhigh, fazendo Helms ficar mais uma vez no seu personagem padrão (o nerd atrapalhado e medroso). Quem realmente rouba a cena é a atriz Taraji P. Henson. Além de ter uma excelente veia cômica, é impossível não rir com ela, após sua primeira participação em cena.
Fora isso, o roteiro ainda não foge do clássico estilo de sessão da tarde, onde sabemos toda a trama, desde o seu princípio até seu desfecho, com direito a reviravoltas vergonhosas.
“Coffe & Kareem” é uma comédia vergonhosa, que surgiu apenas para preencher o catálogo da Netflix e nada mais além disso.
Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Crítico de Cinema e agora Radialista na Rádio RVD, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.