Crítica - 1964: Brasil Entre Armas e Livros - Engenharia do Cinema
Já gostaria de deixar claro que esta é uma análise do DOCUMENTÁRIO. Quaisquer pensamentos políticos NÃO SERÃO colocados neste texto, muito menos idolatrados.
Em dada situação em que o Brasil vive, o grupo “Brasil Paralelo” vem produzindo diversos conteúdos que servem como um “dicionário” para o povo e tem relação a diversos assuntos históricos nacionais e no mundo. Em meio a uma enorme polêmica sobre o que realmente aconteceu e motivou a ditadura militar de 1964, o grupo idealizou o longa “1964: O Brasil Entre Armas e Livros”.
Dirigido por Lucas Ferrugem, o documentário tem como principal propósito apresentar os verdadeiros motivos que levaram o ápice e declínio da ditadura de 64. Para isso, são coletados os relatos de historiadores, jornalistas e filósofos como William Hack, Olavo de Carvalho e Rafael Nogueira, onde eles comentam não só coisas que eles viveram, mas como o mundo estava naquela época antes, durante e depois do dia 31 de março de 1964.
Como o conteúdo do canal são dos mais diversos públicos, a narrativa de Ferrugem opta por facilitar o máximo na hora de retratar esses relatos. Quando alguém utiliza um linguajar mais complexo, ele é intercalado com animações e vídeos que enaltecem o discurso, mas quando o entrevistado sabe falar para um público geral (vide o Nogueira), este é visto por completo.
“1964: O Brasil Entre Armas e Livros” é um longa OBRIGATÓRIO se você curte política e vê a necessidade de ter algum argumento mais além diante de um debate. Mas se você não se interessa pelo gênero, dificilmente irá comprar a idealização do longa (esse foi o principal erro do longa).
Nota: 8,5/10,0
Imagens: Reprodução da Internet.
Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Crítico de Cinema e agora Radialista na Rádio RVD, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.