Crítica - Obsessão - Engenharia do Cinema
Filmes cujo tema são “Perseguidores”, normalmente rendem boas tramas se caem nas mãos certas. Existem inúmeros casos que deram certo, mas também existem inúmeros que deram errado. “Obsessão” (o título mais usado sobre longas do gênero, no Brasil) segue o primeiro caso. Comandando por Neil Jordan (“Valente”), o longa tem seus problemas, mas consegue prender seu espectador na trama central mesmo assim.
Ela mostra a jovem garçonete Francis (Chloë Grace Moretz) que, após encontrar uma bolsa esquecida no metrô, resolve devolvê-la à dona. Ao chegar na residência desta, se depara com a solitária Greta (Isabelle Huppert). Mas, o que parecia ser uma amizade, se transforma em um caos.
Imagem: IMDB (Foto: Shane Mahood)
O roteiro do próprio Jordan e Ray Wright começa bem, mas os erros grotescos começam aparecer dentro da faixa dos 50 minutos. A dupla começa a apelar para arcos conhecidos do gênero (como um personagem aleatório que conhece a situação da protagonista, mas tem um desfecho trágico) e alguns momentos sem nexo (lembra daquela cena do último “Crepúsculo”? Então, é tipo isso). Mas a narrativa volta a prender novamente nos 10 minutos finais.
Imagem: IMDB (Foto: Shane Mahood)
Sem dúvidas que o grande nome do filme é de Huppert. A atriz não só está excelente como realmente chega a dar medo de tamanha expressão maníaca que ela transpõe. Já Moretz faz muito bem o papel da “garota assutada” e sua amiga, interpretada por Maika Monroe, digo que conseguiu ter um “momento legal” no filme.
Mesmo tendo um enredo conhecido, “Obsessão” vai divertir quem procura um divertido suspense e nada mais além disso.
Nota: 7,0/10,0
Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Crítico de Cinema e agora Radialista na Rádio RVD, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.