Nesse quadro semanal, explorarei alguns longas clássicos do cinema, pelo qual acabaram marcando os cinéfilos e a sétima arte de alguma forma. Como abertura, nada melhor como o filme de Martin Scorsese “Os Bons Companheiros, um dos principais da história do cinema, que vem servindo de inspiração para milhares de produções que envolvem mafia, corrupção e etc.

A trama mostra história real de Henry Hill (Ray Liotta), que desde jovem sempre sonhou em ser um mafioso e já começou a ser ajudante deles desde pequeno. Assim que ele se mostrou fiel ao pequeno grupo do seu bairro, começou a trabalhar como um dos braços direito de James Conway (Robert DeNiro) um dos maiores mafiosos de Nova York, nos anos 70. Aos poucos ele vai notando que a vida de mafioso possui diversas vantagens, ao mesmo tempo que desvantagens.

O enredo criado por Scorsese em parceria com Nicholas Pileggi (cujo livro serviu como base), mostra passo a passo como é o dia a dia de um Mafioso e suas relações com a sociedade e afins. Aqui vemos que o personagem de Liotta (que sua narração também narra a história) é o carro chefe de tudo o que acontece, e que os personagens de DeNiro e Joe Pesci (que lhe rendeu um Oscar por este papel) são apenas os caras que “armam” as tretas na narrativa. Sendo que o último rouba a cena na maioria das vezes, pois ele exerce o tipico vilão/amigo onde ele consegue cativar o público mesmo sendo um grande filha da puta. Fora os diversas sequencias que Liotta tem com Lorraine Bracco (que vive sua esposa), onde ela exerce meio que o termômetro dos acontecimentos dos atos do marido durante os anos, além da enorme química deles em cena. 

Outro acerto e que deixa o longa mais bacana é a divertida trilha sonora, que possui faixas dos “The Rolling Stones” e George Harrison, deixando os arcos da metade pro final, mais alegóricos do que trágicos (afinal, estamos falando sobre antagonistas).

“Os Bons Companheiros” é um clássico que todo o cinéfilo e amante de cinema deve conferir o mais rápido que puder!