Crítica - Turma da Mônica: Laços - Engenharia do Cinema

publicado em:27/06/19 10:22 AM por: Gabriel Fernandes CríticasTexto

É impossível algum brasileiro hoje em dia, não ter crescido sem ler os quadrinhos dos personagens da “Turma da Mônica”. Em meio a tantas adaptações de histórias em quadrinhos em diversos países (sim, isso não ocorre apenas nos Eua), chegou a vez da “Mauricio de Sousa Produções” finalmente elevar para os cinemas aqueles personagens que enalteceram a imagem das histórias em quadrinhos brasileiras.

Para isso foi escalado o excelente diretor Daniel Rezende (“Bingo: O Rei das Manhãs”), que já tem experiência suficiente com o cinema, para mostrar exatamente o que os fãs de Mauricio de Souza querem.

Foto: Primeiro Plano (Divulgação: Paris Filmes)

A história é bem simples e foca nos personagens centrais da Turma, que são a própria Mônica (Giulia Benite), Cebolinha (Kevin Vechiatto), Magali (Laura Rauseo) e Cascão (Gabriel Moreira). Porém a trupe se une na missão de investigar o sumiço do cão do segundo, Floquinho.

Foto: Primeiro Plano (Divulgação: Paris Filmes)

Pra quem está acostumado com o personagens, logo irá notar as diversas referencias aos quadrinhos e easter eggs nas cenas. Seja através de uma pelúcia, personagens conhecidos (como o romântico Titi, que chega a render momento hilários), artigo no jornal ou até mesmo um objeto em cena. Mas isso não é a única coisa necessária para se guiar uma narrativa.

Rezende utiliza um recurso bastante “infantil” em sua narrativa, onde a todo momento ele procura enaltecer a ingenuidade dos personagens, envoltas a sequencias que já conhecemos de outras produções clássicas de nomes como John Hudges e até do próprio Steven Spielberg. Para as crianças, isso funciona perfeitamente. Mas para os adultos, depende do humor, mas em geral digo que não.

Foto: Primeiro Plano (Divulgação: Paris Filmes)

Com relação ao elenco, as crianças estão bem e chegam realmente a arrancar alguns risos com as claras expressões tiradas das Hqs. Só que a menção honrosa vai cair na mão do próprio Rodrigo Santoro, que faz uma ponta como o personagem Louco e rouba a cena. Infelizmente temos nomes como Monica Iozzi e Paulinho Vilhena, sem absolutamente nada pra fazer (sendo que esse segundo possui um arco que poderia ter tirado mais risadas).

“Turma da Mônica: Laços” vale a pena pela enorme sensação nostálgica que foi provocada. Fora isso é mais uma diversão de “Sessão da Tarde”, para essas férias escolares.

Nota: 8,0/10,0

Gabriel_Fernandes

Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Critico de Cinema e agora Radialista na Rádio RVD, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.



A última modificação foi feita em:outubro 3rd, 2020 as 22:11


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