Crítica - A Roda da Vida - Engenharia do Cinema
Como longa de abertura na mostra competitiva do “4º Santos Film Fest”, foi selecionado o drama nacional “A Roda da Vida”, dirigido pela dupla William Alves e Zefel Coff. Pense em um longa com uma premissa que tinha tudo pra dar certo, mas devido ao “elevado” grau de intelectualidade dos envolvidos, o filme consegue ser o pior filme que já vi em anos.
A história foca em um homem de meia idade chamado Osmar (Marcelo Pelucio), que tem a vida entrelaçada com outro igual a ele. Ambos se divergem por serem de classes diferentes. Enquanto um é extremamente rico, o outro é extremamente pobre. Mas o destino faz ambos irem pelos mesmos caminhos.
A todo momento tentava entender o que exatamente a história queria passar ou onde ela queria chegar. A narrativa lenta beira ao “coitadismo” para gostarmos do protagonistas. Os coadjuvantes conseguem ter atuações tão medíocres, que parecem literalmente que estão lendo os diálogos que haviam no roteiro. Exitem diversos temas que aparentam ser interessantes, mas o roteiro simplesmente “joga no lixo” com outra coisa completamente fútil.
Pior do que tudo isso, ainda somos contemplados com cenas aleatórias de apresentações musicais, onde não servem de nada pra narrativa, a não ser “mostrarem a cultura do estado de origem do filme”.
“A Roda da Vida” é um filme chato, tedioso e vergonhoso para o cinema nacional, que só enaltece a questão de que “o cinema nacional só mostra pobreza”.
Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Critico de Cinema e agora Radialista na Rádio RVD, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.