Depois de ter ficado quase cinco anos sem lançar um longa (desde “Kill Bill” em 2004), “Bastardos Inglórios” pode-se dizer que na época foi bastante aguardado pelos fãs de Tarantino. Por se tratar de ser o primeiro longa de Guerra do cineasta, muitos já sabiam que seria repleto de sequencias de violência extrema. Mas ninguém esperaria que o longa faturaria status de Cult e figuraria na lista dos filmes favoritos de muitos cinéfilos (como deste que vos fala). E sinto orgulho em dizer que foi o primeiro filme de Quentin Tarantino que conferi nos cinemas!

A história mostra um grupo de Judeus batizados de “Os Bastardos”, que são liderados pelo Tenente Aldo Reine (Brad Pitt). Eles literalmente caçam e torturam nazistas pela Alemanha dominada por estes, em meados da 2ª Guerra Mundial. Ao mesmo tempo a jovem judia Shosanna (Mélanie Laurent) planeja uma vingança contra o Coronel Nazista Hans Landa (Christoph Waltz).

Fica difícil escolher um momento marcante neste filme. Mas existe uma estrela em especifico, que era um mero desconhecido na época: Christoph Waltz. O austríaco não só roubou a cena. como também faturou o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante em 2010 por este papel. Cercado de um humor negro, o ator criou um vilão que “adoramos odiar”. Em uma cena ele está bastante alegre e engraçado, e em poucos segundos vira o pior pesadelo dos judeus. Já a francesa Laurent também conseguiu ter um dos mais divertidos arcos do filme, onde seu olhar de desprezo as constantes paqueras do patético militar nazista vivido por Daniel Brühl, são um dos motivos aos quais mostram de que mesmo com poucas falas, a atriz foi um dos destaques. Isso sem contar a cena da “Noite de Estreia”, onde ela se veste ao som de “Cat People” do David Bowie. Isso sem contar que o filme ajudou alavancar a carreira de Brad Pitt, que estava começando a cair em um ostracismo aos poucos.

Com uma voz em off de Samuel L. Jackson, o roteiro de Tarantino utiliza deste recurso para nos habituarmos dentro não só do contexto do filme, mas sobre algumas personalidades que fazem parte da narrativa. Onde assim como em todos outras produções deste, apela para o humor negro para nos familiarizarmos com os fatos apresentados.

Com diversos momentos marcantes, “Bastardos Inglórios” conseguiu ser um dos melhores da carreira de Quentin Tarantino e até hoje é um filme que cinéfilo algum cansa de rever, sempre que possível.

Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Critico de Cinema e agora Radialista na Rádio RVD, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.