Há mais de 17 anos (época em que conferi este longa em VHS), não imaginava que esta divertida comédia cairia em mero esquecimento e que não veríamos longas deste tipo mais.

Dirigida por Jerry Zucker (irmão de David Zucker, um dos criadores de “Apertem Os Cintos, Que O Piloto Sumiu!”), e roteirizada por Andy Breckman, “Tá Todo Mundo Louco!” é uma refilmagem do clássico “Deu A Louca no Mundo”. O enredo mostrava um grupo de milionários apostadores, que recrutam 11 estranhos de forma eclética, para uma reunião, em um luxoso Hotel de Las Vegas. Eis que o milionário Donald P. Sinclair (John Cleese), lhes fornece uma chave, que abrirá um cofre com mais de um milhão de dólares, em Silver City, Novo México, onde o primeiro que chegar, pegará a bolada.

A principal graça desta comédia é terem selecionado os principais comediantes do cinema e televisão (em uma era onde nem “Os Vingadores” estavam sendo pensados em vir para os cinemas), dos anos 70 a 90, que vão do próprio Cleese (integrante do “Monty Python”), até Rowan Atkinson (o eterno Mr. Bean), Whoopi Goldberg, Cuba Gooding Jr., Seth Green e Jon Lovitz. Cada um deles possuem seus arcos hilários, que são retratados como forma de esquetes. Digo isso, pois as situações são literalmente divergentes uma das outras, mas todas com um objetivo em comum: chegar em Silver City. Mas o que Zucker faz, em geral, é um road movie de “Apertem Os Cintos…”. Divergindo no quesito de nós acabamos literalmente torcendo para alguns dos personagens vencerem a disputa (já que a narrativa nos promove criar vínculos com alguns), enquanto no citado não ligamos para os personagens.

Infelizmente lançar um filme desses hoje em dia, já seria motivo para a galera do politicamente correto botar defeito, logo no primeiro segundo (tanto que ele parou de ser reprisado na “Sessão da Tarde”). Mas mesmo assim, para quem cresceu nos anos 90/2000, rever “Tá Todo Mundo Louco!” se torna uma experiencia nostálgica, pois sabemos que o cinema não terá mais espaço para este tipo de filme, tão cedo.

OBS: Um exemplo para perceber isso, é a questão de você ver quantas comédias são lançadas anualmente, desde 2001, e quais fazem sucesso e vão para o “Globo de Ouro”.