Em meio as discussões de diversos cineastas de renome, sobre a Marvel fazer ou não cinema, o “Engenharia do Cinema” resolveu desenvolver o quadro “Marvel é Cinema”. O propósito será fazer uma revisão diária de pelo menos dois longas do estúdio, de “Homem de Ferro”, até o grande “Vingadores Ultimato”.

Em uma radical atitude, A Marvel resolveu apresentar ao público um time que podemos dizer que foi mais pioneiro que os próprios “Vingadores”: “Os Guardiões da Galáxia”. As histórias focavam no grupo formado pelo humano Peter Quill (Chris Pratt), o guaxinim falante Rocket (dublado por Bradley Cooper), a árvore Groot (dublada por Vin Diesel) e os aliens Gamorra (Zoe Saldana) e Drax (Dave Bautista).

A história tem inicio em 1988, com o falecimento da mãe de Quill. Ao presenciar o acontecimento, sai do hospital e é sugado por uma nave alienígena. É então que voltamos aos dias atuais, onde ele trabalha como um caçador de recompensas intitulado “Senhor das Galáxias”. Mas até o dia em que ele furta um objeto que é cobiçado pelo consumo de Ronan (Lee Peace), que trabalha para justamente para Thanos (Josh Brolin). Esse fato, faz o grupo se unir para deixar o objeto nas mãos certas.

Ao longo da produção, notamos diversas “pontas” de atores conhecidos como Glenn Close, Benicio Del Toro (“21 Gramas”), John C. Reilly (“Quase Irmãos”) e Djimon Hounsou (“Diamante de Sangue”). Todos eles possuem papeis importantes na história. Assim como a narrativa exercida pela dupla que comandou “Capitão América: O Soldado Invernal”, que fizeram uma clara homenagem aos filmes de espionagem e ação de James Bond e Jason Bourne, o diretor/roteirista James Gunn opta por trabalhar claras homenagens às clássicas produções de George Lucas como “Star Wars” e “Indiana Jones”.

O personagem vivido por Pratt é claramente uma nova releitura dos protagonistas do cinema desta época, assim como os outros integrantes do time de “Guardiões da Galáxia”. A atuação deste time está extremamente divertida, e está claro que todos ali conseguiram dosar o timing cômico e dramático, de uma forma perfeita.

Além desta clara homenagem, Gunn nos apresenta uma ótima trilha sonora que homenageia grandes sucessos dos anos 80, como “Come and Get Your Love” do RedBone (que serve de abertura para a produção, com um divertido número musical feito por Pratt), Cherry Bomb do “The Runaways” e claro a famosa musica dos comerciais e trailer do filme: “Hooked on a Feeling” do Blue Swede. Essas músicas aumentam ainda mais o clima oitentista da produção, que ainda conta com diversos momentos.

A cena pós-créditos mais uma vez foi genérica, e temos o personagem Howard o pato, no salão do Colecionador (Benicio Del Toro). Mais uma vez fomos enganados pela Marvel. Mas vale destacar que na época, a expectativa estava grande, pois o filme posterior do estúdio seria “Vingadores: A Era de Ultron”.

Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Critico de Cinema e agora Radialista na Rádio RVD, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.