Crítica - As Panteras (2019) - Engenharia do Cinema

publicado em:16/11/19 12:18 PM por: Gabriel Fernandes CríticasTexto

“As Panteras” foi um seriado bastante famoso nos anos 70 e suas duas produções estreladas por Cameron Diaz, Drew Barrymore e Lucy Liu, no início dos anos 2000, foram mais populares ainda (principalmente pela ponta “marcante” do brasileiro Rodrigo Santoro no segundo longa). Como uma das proprietárias dos direitos da franquia, Barrymore resolveu realizar um novo reboot do longa, na Sony. O novo “As Panteras” não é igual as produções citadas, mas não se estabelece como melhor.

Imagem: Sony Pictures (Divulgação)

Logo de início somos apresentadas as Panteras, Sabina (Kristen Stewart) e Jane (Ella Ballinska), que são encarregadas a auxiliarem Bosley (Djimoun Houston) em uma missão. Mas esta da errado e acaba sobrando para elas, “protegerem” a cientista Elena (Naomi Scott), que foi responsável pelo desenvolvimento de uma nova arma fatal.

Imagem: Sony Pictures (Divulgação)

Isso mesmo que você leu! Aqui temos apenas DUAS Panteras oficiais, ao invés de três (como o marketing vem jogando). Mas isso é o de menos, pois a personagem tem a mesma importância daquelas. Porém, o grande demérito do roteiro de Elizabeth Banks (que também dirige e é uma das “Bosley”), é trabalhar o longa APENAS em cima de esteriótipos: aqui TODAS as mulheres são heroínas e mocinhas e os homens se não são “burros”, são vilões. Antes que me avisem, estou ciente da proposta das “Panteras”, porém, este tipo de recurso não cabe mais nos cinemas, independente dos sexos. Ele só torna tudo bem previsível e clichê.

Falando em clichê, a grande surpresa do filme (e farei questão de enaltecer isso) é a atriz Kristen Stewart. Ela não só está a vontade no papel, como também rouba a cena,e possui os melhores momentos do filme, inclusive. Suas parceiras, vividas por Ballinska e Scott, também estão bem a vontade, mas não possuem grandes e marcantes momentos. Já Banks tem destaque no seu papel, por um simplório motivo: não sabemos as verdadeiras intenções de sua personagem o tempo todo.

E devo destacar que ela também é excelente como diretora, pois ela sabe não deixar as cenas de ação e lutas muito cansativas e repetitivas. Ela transpôs muito cuidado em retratá-los (ainda veremos o nome dela entrelaçado a grandes produções no cinema, futuramente), não usando recursos de câmeras balançando ou sem sentido. Aos fãs da franquia, easter eggs dos filmes e da série clássica são apresentados em alguns momentos breves e são mais um chamariz de “curiosidade” do que algo que agrega a narrativa.

O novo “As Panteras” não é um filme necessário, muito menos marcante. Como divertimento escapista nestes feriados e finais de semana, dá pro gasto.

Gabriel_Fernandes

Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Crítico de Cinema e agora Radialista na Rádio RVD, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.



A última modificação foi feita em:outubro 3rd, 2020 as 22:20


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