Conheça "The Asylum", a produtora de versões trash de sucessos Hollywoodianos - Engenharia do Cinema
Você já deve ter se deparado com algumas produções rotuladas como “Transmorphers” e “2012: Supernova” alguma vez na vida, seja na televisão ou em um catalogo da internet. Ambos foram realizados pela “The Asylum”, produtora que começou em meados do ano 2000 apenas voltada para produções trash. “Tá, mas o que isso tem haver?”, vem que vou te explicar:
Com o sucesso de “Guerra dos Mundos”, em 2005, ela viu que poderiam ser feitos longas “inspirados” em sucessos hollywoodianos, sem infringir os direitos autoriais (com a mesma premissa que a China usa na hora de falsificar bonecos, para venderem nos camelos da vida). Por se tratar de uma história de H.G Wells e tecnicamente ser de “domínio público”, eles resolveram lançar a sua versão de “Guerra dos Mundos”, com uma produção completamente inferior, barata e diretamente em home-vídeo. O resultado acabou sendo um sucesso, pois o filme foi lançado na mesma época que o sucesso de Steven Spielberg, e pegou o público distraído do sucesso daquele na época (sim, existem pessoas que não conseguem discernir a diferença).
Assim começou o termo “Mockbuster”, que são produções com o objetivo de fisgar o sucesso de outra, literalmente fazendo uma versão mais barata e similar em pequenas coisas. O propósito é fisgar o público desavisado e lucrar com isso. Foi ai que surgiram “sucessos” como “Metal Man” (“Homem de Ferro”), “Independents’ Day” (“Independence Day”) e “Clown” (“It – A Coisa”).
Mas no meio de tantas produções similares, a produtora já enfrentou sérios problemas de plágio nos títulos de algumas produções. Tanto a Universal Pictures (dona dos diretos de “Battleship”), quanto a Warner Bros (responsável pela trilogia “Hobbit”), já alertaram que eles não poderiam usar diretamente os nomes das produções em seus filmes. Mas a segunda foi mais além, alegando que eles não poderiam lançar seu derivado “Age of the Hobbits”, na mesma época que o primeiro “Hobbit”, pois isso atrapalharia a divulgação da franquia de Peter Jackson pelo mundo. Então eles tiveram não só de alterar o nome para “Lord of the Elves” e lançá-lo dois meses após o previsto.
“Ahh mas eu nunca vi nada desta produtora!”. ERRADO. Eles não apenas vivem dando esses “golpes” nos seus espectadores, pois eles também são responsáveis por sucessos trashs como a franquia “Sharknado” e a série da Netflix, “Black Summer”.
Com a queda das vídeo-locadoras, ainda é possível ver este tipo de filmes ainda circulando em alguns serviços streamings como o citado, na Amazon Prime ou até mesmo em canais fechados como SyFy,
Até hoje, eles já fizeram mais de 400 filmes neste formato e não pretendem parar tão cedo, pois a fórmula vem conseguindo um enorme sucesso financeiro.
Clique aqui para ver o catálogo completo da produtora The Asilum, no IMDB.
Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Crítico de Cinema e agora Radialista na Rádio RVD, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.
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