Crítica - Jojo Rabbit - Engenharia do Cinema

publicado em:15/02/20 6:16 PM por: Gabriel Fernandes CríticasTexto
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Confesso que este filme foi um dos mais pesados que conferi nos últimos meses, inclusive está junto a “Parasita” neste quesito dentre os indicados ao Oscar de melhor filme. Vendido como uma comédia, “Jojo Rabbit” usufrui desta técnica para fazer o espectador ver como o nazismo realmente foi devastador e horrível, mas aos olhos de uma criança desta época.

Imagem: Fox Film do Brasil (Divulgação)

Essa é Jojo (Roman Griffin Davis), que com apenas 10 anos tem o regime nazista como algo que ele deve seguir com seriedade e compromisso. Tendo Hitler (Taika Waititi) como melhor amigo imaginário, ele vê sua honra virar de cabeça para baixo quando descobre que sua mãe (Scarlett Johanson) esconde uma garota judia (Thomasin McKenzie) em sua casa.

Imagem: Fox Film do Brasil (Divulgação)

Com um enredo baseado no livro de Christine Leunens, vemos que Waititi tem um enorme cuidado com a história e utiliza sua artimanha com o humor, para aos poucos mostrar como o nazismo faz as pessoas terem pensamentos sem sentido algum (satirizando assim o regime, constantemente na narrativa). Além de cuidar do texto e interpretar o próprio Hitler, ele também é responsável pela direção e isso ajudou no desenvolvimento do filme (que realmente é muito boa). Mas nada foi muito diferente ou inovador, mas semelhante e muito ao grupo “Monty Python” e ao clássico “A Vida é Bela”.

Com relação as atuações, o grande nome realmente fica sendo do jovem Davis. Além de ser um personagem que sofre uma desconstrução durante o filme, quando ele chega na metade vemos que estamos literalmente comprando a sua realidade. Quanto a Johanson, ela possui dois momentos chaves que realmente deram a entender que ela mereceu a indicação de coadjuvante no Oscar (que daqui alguns anos ela provavelmente conseguirá conquistar). Outro grande destaque cai em Sam Rockwell, que parece ser um outro personagem insignificante, mas que cresce aos poucos e chama a atenção do espectador.

“Jojo Rabbit” não se pode definir como uma comédia hilária, mas uma “dramédia” forte e ácida que estabelece sua crítica ao regime nazista de forma diferenciada.

Gabriel_Fernandes

Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Crítico de Cinema e agora Radialista na Rádio RVD, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.



A última modificação foi feita em:outubro 3rd, 2020 as 22:02


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