Sessão da Mulher: Sicario - Terra de Ninguém - Engenharia do Cinema

publicado em:7/03/20 9:22 PM por: Gabriel Fernandes Colunas
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Nessa semana do dia mundial da mulher (celebrado em 08 de março), o Engenharia do Cinema fez uma curadoria especial com seus membros, sobre os melhores longas protagonizados por mulheres. Ao final deste especial, sortearemos um par de ingressos em nossas redes sociais, para você conferir quaisquer um dos principais lançamentos da rede Cineflix Cinemas.

Emily Blunt já provou que é uma grande atriz. Além de ser uma das mais lindas do cinema, consegue arrasar em produções de comédia (“Cinco Anos de Noivado”), ação (“No Limite do Amanhã”), ficção (“Looper – Assassinos do Futuro”) e até em musicais horríveis (“Caminhos da Floresta”). “Sicario: Terra de Ninguém” fica mais para o segundo estilo, onde ela já provou que manja e muito. Sua personagem é a policial do FBI, Kate, que é escalada para trabalhar na fronteira EUA/México, juntamente com os agentes Matt (Josh Brolin) e o misterioso Alejandro (Benicio Del Toro). Só que, à medida que as investigações a um quartel de drogas avançam, Kate percebe que sua ingenuidade e honestidade será posta a prova cada vez mais.

Suspense. Essa é a palavra que define “Sicario” depois dos primeiros 30 minutos. Os personagens de Brolin e Del Toro, são os verdadeiros antagonistas da película e acabam sendo os principais motivos da repentina “troca de estilo” imposta. Enquanto, com o primeiro chegamos a saber suas reais intenções e o que está fazendo ali, o segundo é literalmente um “homem misterioso” e acabamos entendendo alguns de seus propósitos apenas no penúltimo ato. O ator nos apresenta uma das melhores atuações na carreira em um papel que realmente chega nos assustar em diversos momentos (e assustou mais a Blunt aqui do que com seu “Lobisomem”, em 2010) e sua química com Brolin é outro ponto positivo (tanto que rendeu à sequência deste, estrelada por ambos).

Imagem: Paris Filmes (Divulgação)

Mas não deixamos em momento algum de ficarmos torcendo para Kate conseguir viver no meio de tudo aquilo. Villeneuve não poupa na violência e é o que mais vemos em seu decorrer. Infelizmente temos o típico clichê deste estilo de produção aqui, como, por exemplo, em uma sequência onde todos os protagonistas estão em uma ponte e vemos claramente que vai rolar um tiroteio ali. Por sorte, isto ocorre somente neste momento, basicamente.

Imagem: Paris Filmes (Divulgação)

São fatores assim que o diretor mostra que tudo não é “lindo, maravilhoso”, em uma história que claramente é inspirada em fatos que constantemente são verídicos naquela região e que em alguns momentos me fez lembrar bastante do trabalho de José Padilha em “Tropa de Elite 2”. Só que diferente do protagonista vivido por Wagner Moura, Blunt consegue ser casca grossa em breves momentos e conquista o público pela sua ingenuidade em cena. Seu entrosamento com Daniel Kaluuya (“Corra!”), que vive seu parceiro, nos faz sentir que ela não está sozinha no meio daquilo tudo. 

“Sicario – Terra de Ninguém” acaba surpreendendo, pois é um filme que conseguiu se tornar uma trama que parecia ser extremamente banal e repetitiva, em um suspense de primeira.

Para acessar o conteúdo completo do quadro “Sessão Mulher”, clique em “Artigos” e você se deparará de cara com o conteúdo deste especial.

Gabriel_Fernandes

Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Crítico de Cinema e agora Radialista na Rádio RVD, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.



A última modificação foi feita em:abril 26th, 2020 as 04:10


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