Crítica - O Artista do Desastre - Engenharia do Cinema

publicado em:24/03/20 12:05 AM por: Gabriel Fernandes CríticasStreamingTelecine PlayTexto
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James Franco já mostrou há mais de uma década que consegue ser mais um ótimo comediante, do que um ator sério. “É o Fim” e “Segurando as Pontas” mostram-se exemplos notórios. Só que de uns tempos pra cá, assim como outros colegas seus de Hollywood, ele tem se aventurado atrás das câmeras em alguns de seus filmes. Os primeiros tiveram um resultado duvidoso e o prestigio veio somente com este “O Artista do Desastre”, que conta a história verídica do ator teatral Tommy Weseau, que com seu amigo Greg Sestero, em 2003, realizaram o longa “The Room” que é considerado o pior de todos os tempos.

Imagem: Warner Bros (Divulgação)

Mas não é porque o citado é considerado tal, que muitas pessoas não gostem dele. Logo de inicio vemos alguns grandes nomes do cinema estadunidense (incluindo J.J. Abrams e Kevin Smith), comentando a importância do mesmo para a história da sétima arte. Esta cinebiografia tem inicio em meados dos anos 90, quando Tommy e Greg (Dave Franco, irmão de James Franco) se conheceram e foram morar juntos em Los Angeles, em busca de conquistarem a fama em Hollywood. No meio de alguns desdéns, o primeiro tem a brilhante ideia de realizar um longa metragem para o seu roteiro rotulado de “The Room”. Só que sem a menor noção de como fazer um filme, muito menos uma história que faça sentido, Tommy sempre levou a ideia a sério.

Imagem: Warner Bros (Divulgação)

Foi merecida a vitória de Franco no Globo de Ouro, pois ele encarnou completamente a personalidade de Tommy Westeau (quem já assistiu à “The Room”, sabe do que estou falando) nas formas físicas e comportamentais. É inevitável alguns dos momentos dele não causarem crises de riso no espectador (ainda mais se você entender sobre cinema). Não seria injustiça se o nome dele figurar dentre os cinco indicados a melhor ator no Oscar deste ano. Partindo pros coadjuvantes, seu irmão Dave fica a cargo do lado dramático do longa, devido ao seu conflito na relação dentre Tommy e sua namorada Amber (Alison Brie, que é sua esposa na vida real), que certamente muitos atores na área refletem com os ocorridos. Quanto ao restante do elenco, é normal os mais cinéfilos caçarem algumas participações especiais durante o andamento da trama, com alguns atores que marcaram o cinema no passado e que hoje andam um pouco “sumidos” (não vou mencionar, pra não tirar a graça de alguns).

Tudo isso ganha um toque especial com a divertida trilha sonora que conta com músicas como “Rhythm of the Night”, “Good Vibrations”, dentre outros sucessos notórios dos anos 90 e que de certa forma batem com o contexto do que está sendo apresentado naquele momento. 

“O Artista do Desastre” é um filme sobre como se faz cinema, mesmo sendo de péssima qualidade. Reconhecimento merecido pelo Globo de Ouro, porém pra mim merecia o prêmio de melhor comédia de 2017 (sim, foi o filme deste ano em que mais ri).

Até o presente momento o filme é EXCLUSIVO do serviço TELECINE PLAY.

Gabriel_Fernandes

Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Crítico de Cinema e agora Radialista na Rádio RVD, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.



A última modificação foi feita em:março 25th, 2020 as 00:06


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