Vamos Recordar? Stanley Kubrick: Spartacus - Engenharia do Cinema

publicado em:30/03/20 10:00 AM por: Gabriel Fernandes CríticasTextoVamos Recordar?
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A pedidos dos leitores e seguidores do Engenharia do Cinema, resolvemos fazer essa edição especial do quadro “Vamos Recordar?”, com os longas mais marcantes da carreira de Stanley Kubrick.

A produção de “Spartacus” foi uma das maiores e mais polêmicas da história do cinema, pois envolvia diversas questões sociopolíticas envolvidas. O ator Kirk Douglas assinou a produção do longa e, na época, fazia questão que o roteiro fosse escrito por Dalton Trubo (que na época pertencia a Lista Negra de Hollywood, e conseguia vender seus roteiros apenas como pseudônimos para os estúdios). Durante a pré-produção também solicitou que fosse contratado Stanley Kubrick para a cadeira de diretor (que havia feito com ele “Gloria Feita de Sangue”, três anos antes). Após muita insistência e um jogo demorado com a Universal Pictures, a história do guerreiro “Spartacus” finalmente sairia do papel, e justamente com os nomes que Douglas queria. O resultado todos nós sabemos: foi um imenso sucesso e rendeu quatro Óscares.

Imagem: Universal Pictures (Divulgação)

Para quem não sabe, Spartacus (Kirk Douglas) era um escravo que foi vendido para se tornar um gladiador. Porém a medida que ele começa a se destacar nas arenas romanas, começa a liderar uma verdadeira rebelião de escravos contra os romanos. Então eles começam uma jornada para retornar às suas casas, no sul da Itália.

Imagem: Universal Pictures (Divulgação)

Até hoje o filme é mencionado como um dos principais épicos da história do cinema, sendo justamente sendo lançado em plena “era do ouro de Hollywood”, junto á clássicos como “Ben-Hur”, “Cleópatra” e “Os Dez Mandamentos”. É inegável que às cenas de batalhas de Spartacus no Coliseu, são muito bem realizadas e feitas. Mas algo que este filme consegue fazer com maestria é domar o lado humano e dramático do protagonista (cuja família enfrenta outros grandes sofrimentos, por também serem escravos).

Mas o grande pesar para muitos é o fato da duração bastante extensa do longa (cerca de 3h20), porém vai de pessoa para pessoa. Mas do meu caso, não conseguir sentir. O motivo deste tempo é que o longa procura contar detalhadamente o contexto histórico de Roma (com direito a tramas paralelas com Julio César), com a vida de Spartacus. Desta maneira o espectador se adentra mais neste universo e sente mais compaixão com o protagonista.

“Spartacus” sempre será lembrado com carinho pelos fãs da Era do Ouro, como uma obra que jamais poderá ser tocada ou refilmada, pois já nasceu e foi concebida para ser a única.

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Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Crítico de Cinema e agora Radialista na Rádio RVD, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.



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