Avaliar um filme de comédia é uma tarefa difícil, pois você tem que analisar qual tipo de público a produção é direcionada e o tipo de humor que ele opta. No caso de “Jexi: Um Celular Sem Filtro”, ele apela para o humor pastelão com um misto de crítica social, para arrancar risadas do espectador. E confesso que o recurso realmente funciona.

A história mostra o pacato Phil (Adam Devine), que vive em função de seu celular. Mas, após acabar o quebrando acidentalmente, acaba comprando outro aparelho que possui um recurso de inteligência artificial rotulado de Jexi (dublado por Rose Byrne). Só que aos poucos esta se mostra ter uma persona completamente desbocada e maluca.

A direção e roteiro da dupla Jon Lucas, Scott Moore (da trilogia “Se Beber, Não Case!”) procura optar pelo humor fácil nas situações cotidianas. Hoje em dia, ficamos com os aparelhos celulares desde quando acordamos, até a hora de dormir. Mas se eles falassem como nos comportamos com eles, será que eles falariam a verdade para nós? Isso é algo que eles exercem muito bem e acaba tirando muita graça destes momentos. Porém, o escopo dentro desta narrativa é bem previsível e não acaba fugindo dos habituais clichês.

Pelo simples fato de Devine já ser um comediante e ter estrelado outras comédias escrachadas e politicamente incorretas, ele caiu como uma luva como protagonista. Não é uma grande performance, mas é suficiente para tirar risos.

Apesar da curta duração de 80 minutos, “Jexi: Um Celular Sem Filtro”, lhe fará rir horrores com às situações que satirizam nosso cotidiano em meio a evolução tecnológica.

Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Crítico de Cinema e agora Radialista na Rádio RVD, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.