Crítica - A Missy Errada - Engenharia do Cinema
Como canso de dizer em outros textos, “comédias são difíceis de se analisar” e ainda mais quando se trata de humor pastelão. Produzido por Adam Sandler, a nova comédia original da Netflix, “A Missy Errada” tem todas às fórmulas habituais do comediante, menos o próprio estrelando, que deu a função ao amigo David Spade.
Ele vive o pacato Tim, onde após ter um encontro desastroso com Missy (Lauren Lapkus), fica traumatizado com relação a arrumar um novo relacionamento. É quando acidentalmente conhece no aeroporto a bela Melissa (Molly Sims), e a paixão platônica nasce. No dia seguinte, acaba recebendo uma proposta de viagem e com a possibilidade de ler junto sua parceira. Só que ele não imaginaria que acidentalmente chamaria a “Missy errada” para a viagem, ou seja, a primeira mulher citada.
Esse é aquele clássico filme onde “você se diverte” ou “você passa raiva”. Já aviso de antemão que este tipo de filme, caso você não suporte um humor totalmente pastelão e odeie os filmes de Sandler, evite ao máximo. Com uma trama totalmente previsível, e algumas piadas recicladas de outros filmes (com direito a uma divertida sátira do recente “Medo Profundo”), a graça poderá ser uma tortura para outros. Principalmente com a irritante personagem de Lapkus, que fará qualquer pessoa com dois neurônios sentir raiva o tempo todo.
“A Missy Errada” é uma tipica comédia da Netflix que fará sucesso e divertirá nestes dias tediosos de quarentena, e posteriormente cairá no esquecimento do catálogo da plataforma.
Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Crítico de Cinema e agora Radialista na Rádio RVD, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.