“Medo Profundo” não foi uma das maiores maravilhas do cinema de horror e de suspense. Mas rendeu financeiramente um valor que foi suficiente para realizarem este “Medo Profundo: O Segundo Ataque”, que sem dúvidas consegue ser tosquice, atrás de tosquice.

A história mostra um grupo de amigas que em meio a uma viagem, decidem mergulhar em uma caverna misteriosa. Só que elas não imaginavam que no local enfrentariam um enorme e fatal tubarão.

Preguiça. É uma palavra ideal para definirmos o roteiro de Ernest Riera e Johannes Roberts (que também dirige o longa), pelo qual pega tudo que já conhecemos e vimos no gênero para conceber uma história previsível até demais. Temos a protagonista uma garota desajeitada (Sophie Nélisse), uma melhor amiga fiel (Corinne Foxx), uma garota popular (Sistine Stallone, filha do próprio Sylvester Stallone), uma amiga “menos popular” (Brianne Tju), e personagens aleatórios que surgem com o desfecho já pré-datado. Resumindo: nenhum deles consegue cativar ou nos fazer ter interesse em torcer por suas vida.

Não vou entrar no mérito dos efeitos visuais, pois é uma produção bastante barata (cerca de US$ 12 milhões) e a maior parte do orçamento se gastou certamente filmando as sequências na caverna (que são muito bem idealizadas). Mas a ideia do filme era causar uma sensação claustrofobia e medo, e em momento algum a gente consegue ter essa sensação (e a direção nem tenta tirar bons momentos em determinadas cenas que isso era possível ser feito).

“Medo Profundo: O Segundo Ataque” tenta mudar um pouco a premissa do primeiro, mas falha em tentar inovar um assunto que já era um “mais do mesmo”.

Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Crítico de Cinema e agora Radialista na Rádio RVD, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.