Crítica - Kidding (2ª Temporada) - Engenharia do Cinema
Após o tremendo sucesso da primeira temporada, o segundo ano de “Kidding” chegou um pouco mais tímido e diferente de seu antecessor. Não temos mais momentos tão marcantes como a cena de plano sequência, ou até mesmo turbulências mostradas logo nos primeiros capítulos.
Agora Jeff (Jim Carrey) tem de arcar com as consequências de ter atropelado o namorado de sua ex-esposa (Judy Greer), Peter (Justin Kirk). Ao mesmo tempo que ele tenta voltar a televisão em seu novo programa, com a ajuda de sua irmã (Catherine Keener). Só que as coisas começam a não ir como ele pensa que seriam.
Esse ano explora mais o drama das situações familiares de Jeff, deixando a comédia praticamente extinta e resumida apenas para meros “alívios cômicos”. Eles também realizam com maestria a questão de não explicar tudo pro espectador novamente, pois eles já sabem que nós conhecemos os personagens, já vivenciamos as situações (algumas séries ainda tem essa mania, mesmo havendo os habituais resumos da temporada antecessor).
Infelizmente o roteiro deixa tanto o protagonismo em volta de Carrey neste ano, que arcos envolvendo seu pai (Frank Langella) e filho (Cole Allen) acabam sendo pouco retratados e deixados para um segundo plano. Falando em plano, há somente um momento marcante (mas beirando pro final da temporada) que mostra a qualidade de produção da série (mas nada como o arco citado no primeiro parágrafo).
A segunda temporada de “Kidding” volta mais forte na questão dramática e mostra que ainda tem gás apenas para mais uma temporada.
Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Crítico de Cinema e agora Radialista na Rádio RVD, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.