Crítica - Uma Mente Canina - Engenharia do Cinema
Após estrelarem a franquia “Transformers” os atores Megan Fox e Josh Duhamell voltam a trabalhar juntos como um casal nesta comédia infantil chamada “Uma Mente Canina”. Comprado pela Netflix para distribuição mundial (embora o mesmo não tenha ocorrido nos Eua), este é aquele tipico filme que iria encalhar na “Sessão da Tarde”, e não iria ter a visibilidade que está tendo na plataforma.
A história é focada no filho deles, Oliver (Gabriel Bateman), que com a ajuda de um amigo residente da China (Minghao Hou), desenvolve um mecanismo que permite ler a mente das pessoas. Só que por acaso ele coloca o mesmo em seu cão, e acaba conseguindo se comunicar com este como ser humano.
O roteiro e direção de Gil Junger apela para todas as situações conhecidas do gênero (piadas envolvendo flatulências, comida e bullyngs), onde o único propósito aparentemente é entreter crianças com menos de 12 anos. Com alguns arcos tendo cortes abruptos (que claramente foram feitos após a conclusão do filme), pois em alguns momentos está ocorrendo um assunto e do nada ele corta para outro arco completamente aleatório.
Isso sem mencionar alguns personagens que possuem atitudes sem sentido algum (me refiro aos agentes Munoz e Callen, vividos por Julia Jones e Bryan Callen) e estão lá para arcos bem confusos e mal executados. Isso sem citar o vilão vivido por Kunal Nayyar (o Raj de “The Big Bang Theory”), que é totalmente mal escrito e ainda teve um desfecho completamente mal executado (que também claramente sofreu cortes abruptos).
“Uma Mente Canina” é mais um exemplo de péssimo exemplo de que a Netflix está desesperada para ter todos os tipos de filmes em seu catálogo.
Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Crítico de Cinema e agora Radialista na Rádio RVD, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.