Crítica - A Ilha da Fantasia - Engenharia do Cinema
Até o presente momento não consigo entender porque a produtora Blumhouse resolveu abordar este “Ilha da Fantasia” como um filme de terror ao invés de aventura (como era a série homônima dos anos 70). Pensem em um roteiro com as situações mais clichês e bizarras, quanto este é escrito por Jillian Jacobs, Christopher Roach e Jeff Wadlow (que também assina a direção).
Assim como no seriado, um grupo de pessoas viaja a tão famosa “Ilha da Fantasia”, onde o anfitrião e dono do local Mr. Roarke (Michael Peña), lhes alega logo de cara que todos os desejos mais profundos serão atendidos de todas as maneiras possíveis e inimagináveis. Mas, quando alguns deles começam a entrar de cabeça nos sonhos, tudo começa a dar errado.
Durante os 40 minutos tudo parece normal e até parece que estamos assistindo um filme de aventura comum. Mas quando o roteiro começa a pecar para o terror bem ao estilo de “Premonição“, o enredo decai. Seja através dos diálogos bastante piegas e situações má abordadas, tudo acaba perdendo o ritmo aos poucos.
Não irei entrar no mérito das atuações, pois é uma luta de quem ganha como o pior (apesar de Peña o tempo todo parecer que esta apenas lendo suas falas). Foi bem vergonhoso, realmente.
“Ilha da Fantasia” é uma verdadeira mancha no currículo de todos os envolvidos e uma lástima adaptação e repaginada na clássica série.
Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Crítico de Cinema e agora Radialista na Rádio RVD, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.