Crítica - Crashing - Engenharia do Cinema
Lançada em 2016, esta minissérie inglesa apareceu ao acaso para mim durante as navegações pela Netflix. Criada e estrelada por Phoebe Waller-Bridge (“Fleabag“), ela mostra um grupo de pessoas ecléticas que moram em um hospital abandonado. Com conflitos amorosos, situações malucas e confusões, parece ser uma história bem idiota e chata nos primeiros minutos, mas a diferença começa a se mostrar depois episódio piloto.
Dividida em seis episódios com cerca de 24 minutos cada, Waller-Bridge apresenta um perfil satírico de pessoas do cotidiano. Quaisquer pessoas conhecem os esteriótipos dos personagens apresentados e eles são colocados sob o mesmo teto. Com os perfis de um casal em crise, a mulher liberal, o cinquentão que sofre com seu divórcio, uma antiga paixão do colegial, um casal homossexual e um rapaz com a sexualidade colocada em cheque, facilmente conseguimos criar uma proximidade com eles pelo parâmetro que fazemos com nosso cotidiano.
Tanto que claramente não existe um protagonismo certo na série, pois cada um dos personagens conseguem ter sua importância no enredo. Mas alguns acabam sendo meramente pouco abordados e deixados pra escanteio, para dar mais enfase a outras situações envolvendo a própria personagem de Waller-Bridge.
“Crashing” foi uma grata surpresa encontrada na Netflix, onde conseguimos nos distrair durante sua mera duração de 144 minutos.
Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Crítico de Cinema e agora Radialista na Rádio RVD, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.