Crítica - O Roubo do Século - Engenharia do Cinema
Programado para ser lançado em março, o longa argentino, “O Roubo do Século”, foi uma das grandes vítimas da pandemia do coronavírus e teve seu lançamento suspenso. Porém, à medida que as salas de cinema se abrem pelo Brasil, o filme tem sido a aposta da Warner Bros (junto a animação “Scooby – O Filme”) para conseguir a atenção nesta retomada.
Imagem: Warner Bros Pictures (Divulgação)
Inspirado em fatos reais, a história gira em torno do malandro maconheiro Fernando (Diego Peretti), que tem a brilhante ideia de assaltar o Banco Rio. Juntando uma trupe eclética, eles decidem cometer um dos maiores assaltos a banco na história da Argentina.
Imagem: Warner Bros Pictures (Divulgação)
Apesar do roteiro de Alex Zito e Fernando Araujo apenas darem mais ênfase aos arcos de Peretti e Guillermo Francella (que interpreta Luis Mario, o responsável por bancar os custos do assalto), ele não consegue criar uma profundidade na história até rolar a execução do assalto. O processo é explicado bem resumidamente e apenas sabemos alguns detalhes necessários do ato durante a realização do próprio. Isso acaba funcionando, pois faz o suspense ficar mais explícito.
Mas, como estamos falando de um filme de “assalto a banco”, realmente ele não foge do padrão das produções do gênero, ou seja, as situações padrões estão lá (o atrapalhado, o sério, a mulher escandalosa e o policial metido a durão), mas é o típico “clichê necessário”.
“O Roubo do Século” é um divertido longa argentino, que apesar de ser clichê, consegue ser um bom filme para retornarmos às salas de cinema.
Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Crítico de Cinema e agora Radialista na Rádio RVD, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.