Crítica - 40 Dias: O Milagre da Vida - Engenharia do Cinema
Este é mais um daqueles filmes que se tivesse sido lançado fora da época da pandemia, com certeza renderia diversas discussões por conta de sua temática. Baseado em fatos reais, o longa com toques gospeis “40 Dias: O Milagre da Vida” debate o quão a prática do aborto é errada e cada vez mais vem sido “normalizada” pela sociedade.
Imagem: Imagem Filmes (Divulgação)
Neste caso a história gira em torno de Abby (Ashley Bratcher), uma das principais funcionárias de uma unidade de clinica de aborto, nos EUA. Prestes a assumir a direção do local, ela começa a debater se vale mesmo a pena continuar trabalhando nesta profissão.
Imagem: Imagem Filmes (Divulgação)
Apesar de estarmos tratando de um assunto que ainda é tabu, a trama (que é tem como base o livro da própria Abby Johnson) apresenta diversos arcos e situações vividas por ela antes de ir trabalhar na clinica e dentro da própria. Alguns momentos realmente são bastante perturbadores, com destaque para a cena onde os cineastas Chuck Konzelman e Cary Solomon, optam por mostrar como um feto com oito semanas, de dentro da barriga da mãe, reage ao ser abortado (estou falando sério, isso é mostrado e detalhadamente).
Infelizmente o filme sofre da maldição “vamos terminar isso logo, pois já deu o tempo”, pois o ato final é extremamente rápido, preguiçoso e já é cortado para um epilogo sobre como estão os personagens hoje em dia. Isso acabou sendo um enorme pesar, pois realmente o longa estava prendendo (apesar de ter visto em uma versão porcamente dublada, e ter sido a única lançada nos cinemas na reabertura).
“40 Dias: O Milagre da Vida” certamente é aquele filme que incomodará muitas pessoas por fazer uma crítica acida ao aborto, e não pelo seu aspecto técnico.
Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Crítico de Cinema e agora Radialista na Rádio RVD, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.
Vejo que o filme trata de um tema preocupante, o que nos dá direito de sermos algozes sobre quem ainda nem nasceu, que motivo seria realmente justo para levar um ser humano a fazer tal atrocidade, sei o quanto é difícil a paternidade, mas nada justifica a meu ver um aborto, mas tem aquela frase, só pode falar quem já sentiu na pele, acho louvável e imediata a apresentação do filme. Sou professor e tenho usado o filme como pretesto de debate em sala de aula, acho valido e oportuno. não somente este assunto, mas outros mais, precisamos despertar o povo deste sono, precisamos tirar essa venda imposta pela ignorânciae pela falta de amor.