Crítica - Bill & Ted: Encare a Música - Engenharia do Cinema
Após ser idealizado por mais de 10 anos, finalmente o terceiro longa da franquia “Bill & Ted” foi lançado. Com o título de “Bill & Ted: Encare a Música” e trazendo novamente os astros Keanu Reeves e Alex Winter como os protagonistas do título, a produção facilmente pode ser interpretada como uma espécie de sequência com misto de reboot, pois são dois arcos tecnicamente distintos e que se juntam em uma trama central.
Imagem: Onion Pictures/Imagem Filmes (Divulgação)
Agora vivendo nos dias atuais e sendo visto como fracassados, por não terem concretizado nada na vida (apenas sempre mencionando o que viveram na viagem do tempo e sequer conseguido conquistar o sucesso musical que sempre almejaram), Bill (Winter) e Ted (Reeves) ainda conseguem ter como únicos fãs suas filhas Billie (Brigette Lundy-Paine) e Thea (Samara Weaving). Então eles recebem uma viajante do futuro, alegando que uma música que eles ainda vão compor será a chave para salvação da humanidade. Eis que a dupla acaba fazendo uma viagem com o propósito de recuperar a canção, ao mesmo tempo que suas filhas vão ao passado para ajudar na mesma missão e “tentar” ajudá-los.
Imagem: Onion Pictures/Imagem Filmes (Divulgação)
O roteiro da dupla Chris Matheson e Ed Solomon faz com isso a situação de “passar a tocha”, onde as personagens de Paine e Weaving vivem situações quase similares aos protagonistas no primeiro longa de 1989 (o que faz a produção ter um clima de reboot). Isso funciona se você entender que essa franquia faz muito uso do nonsense (situações sem sentido algum, onde a graça está na bizarrice delas) e pelo fato de você comprar que os próprios atores não estão levando nada a sério.
Apesar delas e Reeves com Winter terem uma excelente química (inclusive o destaque do filme é a relação de ambos), ele se perde quando faz o uso excessivo de CGI. Como se trata de uma produção pequena e até que “independente”, é notório o tempo todo o uso da tela verde (inclusive em cenas simples, como uma conversa na porta de uma casa). A técnica acaba soando mais como “preguiça” da galera do design de produção, ao invés de ser por conta da premissa.
“Bill & Ted: Encare a Música” chega a ser um divertido filme e nos faz recordar um pouco a franquia que vários de nós sentíamos falta de rever nos cinemas.
Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Crítico de Cinema e agora Radialista na Rádio RVD, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.
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