Crítica - Vou Nadar Até Você - Engenharia do Cinema
Este foi um dos longas mais prejudicados por conta da pandemia, pois ele foi lançado justamente na semana do início de fechamento das salas de cinema. Porém, agora a Rede Telecine disponibilizou ele em seus canais e no serviço de streaming. “Vou Nadar Até Você” tinha meu interesse por conta das gravações nas cidades de Santos e São Vicente (pelas quais eu convivo), assim como sua trama um tanto que curiosa.
Imagem: Mar Filmes (Divulgação)
Ela mostra a jovem Ophelia (Bruna Marquezine) que, após o falecimento de sua avó, resolve ir até Ubatuba atrás de seu pai. Só que ela não irá em métodos comuns, mas, sim, nadando. Então ela parte de São Vicente até a cidade citada, em pleno mar.
Imagem: Mar Filmes (Divulgação)
Honestamente eu tentei me esforçar ao máximo para tentar comprar o roteiro de Nina Crintzs, pelos quais tenta fazer vários parâmetros artísticos com a história de Ophelia. Mas, infelizmente, embora Marquezine tenha um nome forte nas produções televisivas, não há como nos assimilarmos com sua personagem, pois sua atuação não possui expressão e o seu texto é bastante fraco.
É notório que o orçamento do longa-metragem é baixo, mas alguns descuidos são injustificáveis, como usarem a mesma cena para representar dois momentos divergentes do filme (um descuido que acaba sendo prejudicial para a imagem da obra também). E a inserção de alguns personagens coadjuvantes na trama, acabam não pesando absolutamente nada no resultado final (como o detetive vivido por Fernando Alves Pinto).
Apesar de ter uma premissa interessante, “Vou Nadar Até Você” não consegue cumprir o que promete por conta do vazio nos personagens e uma narrativa que não consegue transpor o que devia para o público.
Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Crítico de Cinema e agora Radialista na Rádio RVD, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.