Crítica - Lupin (1ª parte) - Engenharia do Cinema
Sendo uma das primeiras séries da Netflix no ano de 2021, “Lupin” pode-se dizer que é o primeiro grande seriado da carreira do ator Omar Sy (que já participou de outras séries, mas em episódios distintos). Quem acompanha a página já sabe que tenho um determinado carinho pelo ator, que é um dos maiores dramaturgos franceses atuais (e foi justamente revelado no sucessivo filme “Intocáveis”). Com toques de suspense, a trama desta série tem um escopo já conhecido, mas se sobressai por conta do carisma de Sy.
Imagem: Netflix (Divulgação)
Aqui ele interpreta o misterioso Assane Diop que após estar enfrentando vários problemas com a ex-mulher e tendo de encarar uma dívida para um grupo de bandidos, chega com um plano completamente maluco e repentino: roubar o colar da arquiduquesa Maria Antonieta, no Museu do Louvre. Mesmo sendo um plano bem “aleatório” e Diop tendo uma forte inspiração no personagem Arsène Lupin (criado pelo escritor Maurice Leblanc), há um verdadeiro motivo para o ato.
Imagem: Netflix (Divulgação)
Nesta primeira parte a trama foi divida em cinco episódios, com cerca de 42 minutos cada, pelos quais não sentimos o tempo passar com tamanho andamento agitado proposto pela narrativa. Com um episódio piloto com várias coisas acontecendo, uma sequência de roubo muito bem conduzida pelo diretor Louis Leterrier (“Carga Explosiva”), conseguimos ser conquistados a partir daí (principalmente por nada ser explicado de imediato).
Porém, como nada é as mil maravilhas, estamos falando de uma produção que contou com cinco roteiristas distintos. Por se tratar de uma série atemporal (que constantemente mostra cenas do passado e do presente sem sinalizar ao espectador), alguns momentos o “vai e vem” dentre as épocas é um pouquinho prejudicial, pois acaba “quebrando o clima” de suspense que estava sendo proposto em ambas situações.
Mas o roteiro acerta na abordagem sobre a vida de Assane em ambos os tempos, pois vemos que ele possui uma personalidade real e independentemente da época, acabamos sendo conquistados por ele (graças ao carisma de Sy e da sua inspiração direta no fictício personagem Lupin).
“Lupin” consegue ser uma grata surpresa positiva da Netflix neste início de 2021, além de uma carta de amor para Maurice Leblanc e seu icônico personagem Arsène Lupin.
Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Crítico de Cinema e agora Radialista na Rádio RVD, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.
Seria muito boa, ima grata surpresa, infelizmente são 5 episódios que passam voando, espero que tenha 2ª temporada, recomendo!
Na verdade “Lupin” é uma minissérie que foi dividida em duas partes, onde a segunda ainda não possui previsão de estreia. Porém já está gravada.
Abrs!!