Todo humorista sempre consegue ser um baita ator dramático, isso é praticamente unânime. Em sua primeira empreitada em produções mais sérias, Fabio Porchat realmente apresenta um enredo um tanto que complexo demais com este “Entre Abelhas“. Sob roteiro do próprio, com Ian SBF (que também assina a direção), o enredo é daqueles tipos que podemos interpretar de várias maneiras e não uma única linearmente.

Imagem: Imagem Filmes (Divulgação)

A história gira em torno de Bruno (Porchat) onde, após terminar seu relacionamento com Regina (Giovanna Lancellotti), começa a perceber que todas as pessoas ao seu redor começam a sumir.

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Começo destacando que este tipo de filme deve ser visto quando estamos com a mente aberta e não em situações delicadas. Facilmente conseguimos adentrar na mente de Bruno e compreender sua própria realidade, já que ele e as pessoas ao seu redor são humanas. Logo, às consequências do longa não poderão ser absorvidas da devida forma.

O mérito em grande parte é do próprio Porchat, pelo qual consegue transpor a depressão, dúvida e medo que seu personagem vive. Ele ainda consegue colocar alguns alívios cômicos, com comediante Luis Lobianco (“10 Horas Para o Natal”) e facilmente consegue tirar boas risadas.

“Entre Abelhas” é uma grata surpresa do cinema nacional, mas, infelizmente, não teve tamanho reconhecimento e discussão que merecia.

Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Crítico de Cinema e agora Radialista na Rádio RVD, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.