Entrevistamos Mauricio Eça, diretor dos longas sobre o caso Richthofen - Engenharia do Cinema

publicado em:13/02/21 11:47 AM por: Gabriel Fernandes CinemaEntrevistasNotícias

Já não é novidade que um dos filmes mais polêmicos e aguardados do cinema nacional são “A Menina Que Matou os Pais” e “O Menino Que Matou Meus Pais“. O enredo narra os bastidores judiciais do caso de Suzane Von Richthofen, que foi condenada com seu então namorado e comparsa, em 2006, pelo assassinato de seus pais em outubro de 2002.

Dirigido por Mauricio Eça, os longas estavam prestes a serem lançados nos cinemas em março do ano passado, quando a pandemia do coronavírus tomou uma proporção imensa e resultou no então fechamento das salas de cinema no Brasil e pelo mundo.

Mesmo sem uma previsão de estreia, as produções voltaram aos holofotes com a entrada da atriz Carla Diaz (intérprete de Suzane), no programa Big Brother Brasil. Com constantes comentários desta sobre as produções com os participantes, é impossível não ter ouvido nada sobre o filme nos últimos dias.

É nesta vibe que nós tivemos o prazer de entrevistar o diretor Mauricio Eça, responsável pelos longas do Caso Richthofen. Ele comentou a respeito de alguns fatos curiosos da produção e como está ansioso em apresentar as produções para o público.

Engenharia: Você começou no cinema fazendo o drama “Apneia” e posteriormente os dois filmes da franquia “Carrossel”, que foram um enorme sucesso de bilheteria e com o público infantil. Cinco anos depois está lançando duas obras para o público adulto, e envolta a diversas polêmicas que são os filmes do caso Richthofen. Como foi essa “troca de estilos”, neste curto período de tempo?

Mauricio Eça: Eu sou um cineasta e adoro desafios, são eles que me impulsionam. Seja o desafio de um drama como Apneia, que foi um filme mais pessoal, seja o desafio em fazer longas infanto-juvenis, gênero que sempre teve reconhecido sucesso no Brasil. Como profissional é muito legal poder de alguma forma ajudar a criar audiência para filmes nacionais de vários gêneros.

Imagem: Stella Carvalho (Divulgação)

Engenharia: Os longas foram realizados de forma simultânea e mostraram dois pontos de vistas diferentes da mesma história. Na hora das gravações, quais foram as maiores dificuldades entre você e os atores, para estas representações?

Mauricio Eça: Sem dúvida alguma realizamos um projeto único e inovador por gravarmos simultaneamente dois pontos de vista, dois olhares sobre um mesmo tema. Eu com certeza destaco que tivemos que nos preparar muitíssimo em todos aspectos para poder rodar com qualidade dois filmes, considerando todas as dificuldades que estavam implícitas a uma realização tão inovadora como “A Menina Que Matou os Pais” e “O Menino Que Matou Meus Pais“.

Engenharia: Uma história muito interessante dos bastidores foi o fato de terem construído do zero uma sala de tribunal, onde se passa grande parte das produções. De onde partiu essa ideia?

Mauricio Eça: Nós tínhamos os autos do processo, que foi usado como base, e nos guiamos nele pra fazer os filmes. Além, é claro, de referências em foto/vídeo de como foi esse júri. Realizar o tribunal em um cenário muito bem construído é só uma parte do imenso valor de produção que imprimimos nos longas.

Engenharia: O filme foi um dos primeiros a serem prejudicados pela pandemia do coronavírus, onde exatamente na semana que seria lançada nas salas de cinema e iriam começar os eventos de divulgação, todas as atividades foram suspensas por conta da quarentena. Prestes a finalmente ser lançado nos cinemas, a protagonista da produção entrou para o BBB e está sendo o maior destaque do mesmo. Como você interpreta essa jornada final “inesperada” das produções?

Imagem: Stella Carvalho (Divulgação)

Mauricio Eça: Infelizmente os filmes não puderam ser lançados no ano passado, quando nós tínhamos planejado, por conta da pandemia. Sabemos o quanto o público está ansioso pelos filmes, assim como nós queremos que todos possam assisti-los. Torcendo para que seja em breve, nós aguardamos o melhor momento, que seja seguro e adequado, para que as pessoas possam ter a melhor das experiências com os dois filmes.

Engenharia: Qual outra história verídica você gostaria de adaptar para as telonas, após lançar os filmes de Richthofen?

Mauricio Eça: Tenho várias histórias que gostaria de realizar e entre elas estão alguns casos reais. Em breve poderei falar mais um pouco sobre isso. Agora, estou realmente envolvido com A MENINA QUE MATOU OS PAIS e O MENINO QUE MATOU MEUS PAIS, tenho certeza que o público vai se interessar com essa experiência tão única de ver dois filmes sobre o mesmo caso em sequência, e o melhor é que com lançamento simultâneo isso será possível.

Gabriel_Fernandes

Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Crítico de Cinema, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.



A última modificação foi feita em:fevereiro 24th, 2021 as 12:08


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